Nove em dez profissionais em Portugal considerariam mudar de carreira. E será que sentem que têm as competências necessárias às funções que desempenham?

O Barómetro internacional Cegos 2023 “Transformation, Skills & Learning” mostra que 85% dos colaboradores consideram uma mudança total de carreira se esta se antever vantajosa, predisposição que aumenta para 94% em Portugal.

 

Já 74% da globalidade dos colaboradores (75% em Portugal) consideram que os actuais desafios de transformação (tecnológicos, climáticos, sociais, etc.) vão alterar o conteúdo do seu trabalho e 30% (32% em Portugal) receiam mesmo ver o seu emprego desaparecer.

De acordo com os directores de Recursos Humanos (DRH) internacionais (dos nove países), 18% dos postos de trabalho na sua organização estão em risco de obsolescência de competências nos próximos três anos. Em Portugal, essa ameaça é sentida por 26% dos DRH.

Apenas 8% dos gestores de RH internacionais identificam a transição ecológica como uma questão fundamental para apoiar e desenvolver competências na sua organização. E 8% dos colaboradores consideram já não ter as competências necessárias para desempenhar as suas funções (4% em Portugal).

O barómetro revela que 41% dos DRH (e 46% em Portugal) consideram difícil fazer corresponder a sua oferta de formação às necessidades de competências da sua organização (-14 pontos em relação a 2022).

O mesmo barómetro indica que 44% dos colaboradores dos nove países afirmam que a resposta às suas necessidades de formação chega frequentemente tarde (47% em Portugal).

Os colaboradores esperam sobretudo uma formação no local de trabalho (51%) e uma formação interactiva/lúdica (41%). Em Portugal, a preferência vai também para a formação no local de trabalho (53%) e, como 2.º fator mais importante, a maior adaptação a cada destinatário/individualização (42%).

Para os gestores de RH, os cursos de formação do futuro combinarão a aprendizagem adaptativa (46%), o e-coaching (45%) e a aprendizagem social (41%). Em Portugal, estas tendências são projectadas com uma ordem de grandeza diferente (respetivamente, 50%; 58% e 33%).

Este estudo, feito pela Cegoc, em alinhamento com o Grupo Cegos, resulta de um inquérito realizado em nove países da Europa (França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha), Ásia (Singapura) e América Latina (Brasil, México, Chile).

A edição de 2023 inquiriu 5048 colaboradores (504 em Portugal) e 488 directores (DRH)/Gestores de Recursos Humanos (RH) ou responsáveis de Formação (24 em Portugal), todos eles a trabalhar em organizações do sector privado e público com 50 ou mais colaboradores.

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