O que influencia os salários no Turismo?
Segundo um estudo da consultora Mercer, a antiguidade é o factor que menos peso tem no sector do Turismo em Portugal quando o tema são aumentos salariais. Conheça as restantes conclusões.
De acordo com a análise, os principais condicionantes são os resultados da organização (77%), o desempenho individual (69%), o nível funcional (46%), o posicionamento na grelha salarial (46%) ou face ao mercado (31%), a inflação (23%) e, por fim, a antiguidade (8%).
Mais de metade das empresas do sector (55%) afirma que realiza a sua revisão salarial em Março, 36% em Janeiro e 9% em Abril. A média dos aumentos variou entre os 1,3% e os 2,1% em 2018 e entre os 1,6% e os 2,1% neste ano, segundo os resultados do estudo, que teve por base as respostas de 93 hotéis e pousadas, 77% nacionais e 33% multinacionais.
No ano passado, os grupos funcionais de direcção geral/administração, directores de primeira linha e comerciais/vendas registaram uma média de incremento salarial na ordem de 1,3%. Os vencimentos de administrativos e operários, por sua vez, obtiveram subidas de 1,6%, os quadros superiores de 1,4% e as chefias intermédias de 2,1%.
Para este ano, porém, prevê-se que a direcção geral/administração, os directores de primeira linha e comerciais/vendas possam vir a ter aumentos salários médios de 1,6%, os administrativos e operários de 1,9%, e chefias intermédias e quadros superiores de 2,1%.
Marta Dias Gonçalves, da Mercer, faz notar que o sector da hotelaria e turismo «é um dos que mais pessoas emprega em Portugal». Alerta, no entanto, que «a população activa no sector é bastante jovem» e chama a atenção para «alguma escassez de mão-de-obra especializada».
Das empresas analisadas, 28% tem acima de 500 colaboradores. Numa área carente de profissionais, 54% são homens e 46% são mulheres. A idade média é inferior a 26 anos (20%) e a antiguidade abaixo dos quatro anos. Quanto à formação, o ensino secundário e a habitação literária prevalecem (40%).