O que o “Principezinho” pode ensinar à Gestão
A obra de Antoine de Saint-Exupéry, traduzida em 180 línguas, é uma das histórias infantis mais cativantes de todos os tempos, mas esconde lições que podem ser úteis aos mais graúdos.
É a história de um rapaz que vive num mundo separado da realidade. A personagem principal, junto da sua raposa, leva os mais pequenos numa viagem filosófica que se converte numa obra intemporal. Os ensinamentos de “O Principezinho” baseiam-se na amizade, no amor, na tristeza, na riqueza e na descoberta do que é, realmente, necessário para que cada um seja feliz. E estes podem ser aplicados no dia-a-dia do local de trabalho.
“Caminhar numa linha recta não te deixa chegar muito longe”
Esta frase menciona a importância de errar para aprender, tomar caminhos inesperados, sem medos. Manter-se sempre no mesmo caminho não nos ajuda a avançar, uma vez que exclui capacidades e não nos permite crescer enquanto profissionais.
“Os homens já não têm tempo de conhecer nada, compram as coisas feitas aos comerciantes, mas não há vendedores de amigos. Os homens já não têm amigos”.
Os tempos modernos tiveram efeitos negativos na comunicação e nas relações humanas. Por isso, numa altura em que a tecnologia impera e onde se pode enviar uma mensagem de texto em vez de se falar pessoalmente, é muito importante cuidar das relações com as pessoas que nos rodeiam. Socializar com os colegas de trabalho, dentro e fora do contexto laboral, favorece o ambiente e torna os dias mais animados. Terá colegas, ou mesmo amigos.
“Conheço um planeta em que vive um senhor amargurado. Nunca colheu uma flor, nunca contemplou uma estrela, nunca amou. Passa a vida a dizer “sou um homem sério!”, o que o incha de orgulho. Mas isso não é um homem!”.
Nesta frase há um chamamento de amor e de que o homem não esqueça as raízes. Claro que o trabalho é importante, uma parte essencial dos dias de hoje, mas não pode ser o núcleo central da vida, pois não permite ser feliz.
“Deve-se pedir a cada um o que estes podem realizar”
Uma ideia que ilustra a exigência do homem por querer abraçar âmbitos que a habilidade não alcança. Isso não é mau, simplesmente é necessário ser consistente e aí saber que nível de exigência pode alcançar e não estar imerso na insatisfação, de fazer algo que não se consegue. Conhecer os nossos limites é muito importante, para podermos desfrutar da vida.
“É muito mais difícil julgar-se a si mesmo, do que aos outros. Se consegues julgar-te, és um verdadeiro sábio”.
Na hora de trabalhar, é importante conhecer-se a si mesmo, com as suas forças e fraquezas. Não é construtivo viver-se com preconceitos e críticas no trabalho, deve-se ter respeito pelos colegas, assim como por nós próprios. Numa equipa as pessoas complementam-se, no que tens dificuldades, o outro brilha, e vice-versa.
“Nada no universo segue igual, sem um cordeiro ter comido uma rosa”.
Todas as decisões que tomamos e acções que fazemos têm consequências de alguma forma. Podem não ser imediatas, ou conscientes, mas temos de ter noção de que no emprego não estamos sozinhos, porque o que é importante para si pode afectar a empresa, medite bem e oiça outras opiniões.
“Mantém a ilusão e inocência ao pensar nas más experiências”.
Muitas vezes, as coisas não saem como esperávamos. Teve de fechar a empresa, não conseguiu a promoção, “O Principezinho” convida-o a seguir em frente, a aprender com os obstáculos e más experiências, a não desistir de alcançar os sonhos.
Fonte: Forbes es
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