O tema dos reis e rainhas de Portugal interessa-lhe? Então veja estas três sugestões de leitura
Se é um apaixonado pela monarquia portuguesa siga estas três sugestões de leitura da Bertrand.
Mariana Vitória de Bourbon, de Paulo Drumond Braga
O livro conta a história de D. Mariana Vitória de Bourbon (1718-1781), mulher de D. José I, rainha consorte de Portugal, era filha de Filipe V de Espanha e de Isabel Farnesio. Viveu na corte de Versalhes, pois a sua mão esteve prometida a Luís XV, rei de França. Casou aos 10 anos de idade por procuração em Madrid com o herdeiro da coroa portuguesa, futuro D. José I. O casamento foi consumado quatro anos depois, no dia em que completou 14 anos de idade. Foi mãe de quatro filhas, uma delas a futura D. Maria I.
Mulher decidida, prudente, sensata, devota, esmoler e culta, adorava divertir-se na caça, na equitação, nas touradas, na música e em jogos diversos ao uso do seu tempo. D. José I, que nela confiava plenamente, encarregou-a duas vezes do governo do reino. Conselheira de sua filha, a rainha D. Maria I, passou um ano em Espanha ajudando a selar a paz entre as duas monarquias ibéricas.
Quando um grupo de nobres portugueses se revoltou contra o governo de Madrid em Dezembro de 1640, consta que D. Luísa terá dito: «Antes morrer reinando do que acabar servindo.» Segundo reza a lenda, esta frase convenceu o seu marido, o futuro rei D. João IV, a juntar-se à conspiração e a tornar-se o primeiro rei da dinastia de Bragança. Quer tenha ou não proferido aquela frase, D. Luísa foi sem dúvida uma força por trás do trono, uma força que perduraria até à sua regência, em 1656, após a morte de D. João IV e enquanto o seu filho D. Afonso VI não assumia o controlo do governo.
Durante os seis anos em que serviu como regente, D. Luísa conseguiu alcançar algumas vitórias na guerra com Espanha, controlou os nobres que lutavam entre si na corte e negociou um importante tratado com Carlos II de Inglaterra, com quem casou a sua filha Catarina. A obra conta-nos a história desta rainha.
Filha mais nova de Joana de Castela e de Filipe, o Belo, Catarina era o fruto de uma união dinástica que reuniu a Casa Real de Espanha com as dinastias borgonhesa e de Habsburgo. O livro descreve-a com uma mulher culta e inteligente, teve um casamento feliz com D. João III e governou Portugal como rainha consorte e como regente por mais de cinquenta anos. Catarina de Áustria era uma estadista dotada, uma filantropa e uma grande coleccionadora de arte. A sua colecção de arte asiática incluía mais objectos não europeus do que qualquer outra colecção contemporânea anterior ao século XVI.
A ela se deve também a conclusão da actual capela-mor do Mosteiro dos Jerónimos. Tal como era esperado de uma rainha consorte, deu à luz um herdeiro da Coroa e vários príncipes reais. Contudo, os seus nove filhos não lhe sobreviveram.