OCDE estima forte subida da emigração em Portugal
A OCDE aponta uma saída de cerca de 44 000 pessoas de Portugal em 2011.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou no relatório anual relativo aos fluxos migratórios no mundo uma caracterização da realidade portuguesa nesse campo – e as conclusões mostram o reforço das tendências registadas a partir de meados da década passada.
A OCDE, ressalvando a «dificuldade» em estimar os números reais relativo a migrações, cita as estimativas conservadoras do Instituto Nacional de Estatística que revelam uma saída de cerca de 44 000 pessoas de Portugal em 2011, num aumento substancial face aos 23 000 registados um ano antes, em 2010. O aumento mais significativo, diz o relatório, terá sido no número de emigrantes com destino a países fora da União Europeia, que terá aumentado de 4300 a 15 500 entre 2010 e 2011.
O número de população com visto de residência válido caiu 2% em 2011 para 439 000, com os naturais do Brasil a representar 25% do total, com ucranianos e cabo-verdianos, com 11% e 10%, respectivamente. Nos dois últimos grupos, especifica a OCDE, a queda deve-se ao aumento das naturalizações e ao regresso aos países de origem.
As estimativas baseadas em vistos de longo prazo e em vistos de residência, revela a OCDE, mostram que o número de imigrantes aumentou 30% em 2011 para 39 400, apesar da crise económica vivida no país.