Os piores CEO de 2012
São algumas das empresas mais comentadas durante este ano. Ainda assim, Sydney Finkelstein aponta-as como exemplos negativos de liderança em 2012. O professor da Tuck School of Business da Universidade de Dartmouth e autor de 11 livros sobre gestão apresenta a lista dos piores CEO de 2012.
1. Brian Dunn, Best Buy
Demitiu-se do cargo em Abril na sequência de um alegado envolvimento com uma funcionária muito mais nova. Mas o ex-CEO da Best Buy foi um dos piores presidentes executivos do ano por ter liderado a empresa num período de queda generalizada – da cotação da acção, das vendas em loja e da quota de mercado. A Best Buy teve ainda de comprar acções próprias no valor de 6,4 mil milhões de dólares.
2. Aubrey McClendon, Chesapeake Energy
A empresa de gás natural esteve nos títulos dos jornais graças à sua presidente executiva. Aubrey McClendon ordenou empréstimos não declarados na ordem de 1,1 mil milhões de dólares ao longo de três anos e geriu um fundo de investimento de petróleo e gás natural avaliado em 200 milhões de dólares. Para Sydney Finkelstein, a actividade da CEO constituiu um «conflito de interesses óbvio», reforçado com o uso pessoal do avião a jacto da empresa e o patrocínio da Chesapeake à equipa de basquetebol Oklahoma City Thunder, detida em parte por McClendon.
3. Andrea Jung, Avon
Tendo falhado no objectivo de resolver os problemas operacionais da Avon, Andrea Jung não conseguiu preparar um sucessor para o lugar que deixou vago em Abril de 2012. Apesar de se manter como chairman, o desempenho da gestora na empresa ficou ainda marcado pela recusa de uma oferta no valor de 10,7 mil milhões de dólares da congénere Coty. O valor de mercado da empresa tem vindo a declinar desde 2004, caindo de 21 mil milhões de dólares para seis mil milhões.
4. Mark Pincus, Zynga
A Zynga perdeu 75% na cotação da sua acção e viu partir executivos de topo, o talento assegurado da criadora do Farmville. Confiar a maioria dos resultados da Zynga no Facebook foi, para Finkelstein, um erro de Mark Pincus.
5. Rodrigo Rato, Bankia
Renunciou à presidência executiva da Bankia em Julho e levou consigo acusações de fraude, fixação de preços e falsas informações sobre o colapso e resgate da instituição espanhola.
Em 2011, a Bankia reportou lucros de 309 milhões de euros. Após a saída de Rato, os resultados foram rectificados com a declaração de perdas na ordem dos 3 mil milhões de euros.
O professor da Universidade de Darmouth comenta ainda, na lista publicada pela Business Week, que os CEO do Facebook e da Groupon estiveram perto de figurar entre os piores de 2012. Mark Zuckerberg poderia ter sido eleito pelo seu «enorme ego», refere Finkelstein.
Para além dessa característica, tem, como Andrew Mason, atitudes imaturas. «Não há razões para crer que têm as qualidades de gestão necessárias para liderar uma grande empresa pública», acrescenta.