Por que é que a Employee Experience é a nova tendência?

Os departamentos de Recursos Humanos têm agora a responsabilidade de desenvolver uma melhor employee experience, onde os colaboradores são encarados como clientes que devem ter a sua experiência melhorada. Saiba como o fazer.

 

Por Diana Oliveira, project manager & founder do Employee Experience Bootcamp

 

Um estudo da Gallup mostrou que cerca de 85% das pessoas não se sentem “engaged” no seu local de trabalho. Isto quer dizer que a grande maioria não está emocionalmente conectada ao seu trabalho diminuindo a sua produtividade. Ao mesmo tempo, a motivação dos colaboradores tem vindo a aumentar de importância para as organizações, à medida que uma maior pressão para inovar se instala.

A globalização e as novas tecnologias estão a pressionar o mundo para um estado de constante mudança. Para sobreviver nestes moldes, as organizações necessitam de se adaptar rapidamente para manter a vantagem competitiva. Para isso, criar uma cultura de inovação é essencial e exige um maior foco na motivação dos colaboradores, como demonstra um estudo da Gallup, que explica que a partilha e criação de ideias está correlacionada com o envolvimento e vontade de acrescentar valor à organização.

Sendo já uma tendência, um maior foco no engagement tem vindo forçar a função dos profissionais de Recursos Humanos a tornar-se mais estratégica. Os departamentos RH têm agora a responsabilidade de desenvolver uma melhor employee experience, onde os colaboradores são observados como clientes que devem ter a sua experiência repensada e melhorada em todos os pontos de interação do início ao fim.

Como podemos então melhorar a Employee Experience nas organizações?

1. Comece por mostrar qual a relevância de focar no assunto: a experiência dos colaboradores ainda não é vista como uma prioridade para a maioria das empresas e este é o primeiro desafio a ser ultrapassado. A razão centra-se no facto de não ser fácil medir o impacto quando se investe em pessoas. No entanto existem já vários estudos empíricos que podem ser utilizados para provar com factos e estatísticas a sua importância. Boas fontes de informação são o IBM Smarter Workforce Institute, 2017 Global Human Capital Trends, Engage for Success e a Gallup.

2. Actualize as ferramentas que medem satisfação, engagement e desempenho: um questionário anual não é suficiente para desenvolver as pessoas e melhorar a experiência ao seu potencial. Existem já ferramentas como os pulse surveys compostos por poucas questões que podem ser enviados todas as semanas e permitem rapidamente analisar a situação dos colaboradores e agir de forma contínua. Além disso, várias empresas têm vindo a substituir as avaliações de desempenho formais por feedback contínuo ou check-ins semanais que são focados em desenvolver as pessoas em tempo real em vez de colocar pressão na avaliação limitada por valores e na diferenciação de colegas de trabalho.

3. Retire o seu foco dos benefícios e bónus e invista no que tem maior impacto no engagement e desempenho: Vários estudos já mostraram que não é o salário nem os benefícios que irão garantir o comprometimento e motivação dos colaboradores. Invista mais em oportunidades de crescimento, autonomia, reconhecimento e em criar relacionamentos positivos, pois são eles que criam um sentimento de valorização individual e transformam os colaboradores em verdadeiros entusiastas e embaixadores da sua empresa.

4. Utilize métodos de Design Thinking para repensar na experiência dos colaboradores: de acordo com o relatório 2016 Global Human Capital Trends da Deloitte University Press, esta metodologia transforma a função dos recursos humanos de um “criador de processos” para um “arquiteto de experiências”, e mostra existe esta tem um impacto real no crescimento das organizações. Caso ainda não esteja muito familiarizado com a metodologia ou em como aplicá-la para desenhar Employee Experiences, sugiro que verifique o evento Employee Experience Bootcamp. Saiba mais aqui.

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