Portugal tem poucas iniciativas com impacto na educação pré-escolar e básica que levem jovens para as áreas STEM
Em Portugal há poucas iniciativas com impacto na educação pré-escolar e básica que levem jovens para as áreas STEM (acrónimo em língua inglesa para Ciências, Matemática e Informática e Engenharia). A conclusão foi divulgada no STEM Women Congress Lisboa (SWC) 2024.
Pela primeira vez com dados sobre Portugal, o SWC divulgou o SWC Annual Report, um estudo anual que reúne os dados de actividades e programas que desenvolvem iniciativas que promovem a igualdade de género nas áreas STEM, e que revelou que as niciativas STEM deveriam concentrar-se no ensino secundário e universitário, idades decisivas nas tomadas de decisão profissionais.
Além disso, o maior número de iniciativas STEM é registado a nível profissional. Lisboa e Porto são, quase exclusivamente, as regiões que recebem o impacto de todas as iniciativas STEM. É crucial expandir estes esforços para outras regiões do País. Em todos os países, é essencial continuar a recolher e a reportar dados sobre inclusão e diversidade no campo STEM.
O SWC Annual Report Portugal revela ainda que, dos trinta programas desenvolvidos em 2023, os 15 programas para encorajar e inspirar crianças e jovens a optarem por estudos em STEM, apenas impactaram 1,26% da população total de 1,3 milhões de raparigas e rapazes. Uma percentagem que é obrigatório melhorar. Metade das iniciativas inquiridas focam-se na promoção e sensibilização para os estudos científicos e tecnológicos entre raparigas e rapazes, no entanto, foram identificados apenas quatro programas que atuam na infância.
Uma nota positiva, também demonstrada, indica que 73% das iniciativas STEM utiliza fontes de financiamento públicas ou mistas (53% mistas e 20% públicas), enquanto apenas 27% utiliza unicamente capital privado. Isto contrasta com o segmento focado na carreira, onde quase metade das iniciativas têm financiamento privado.