Portugueses consideram Linkedin mais credível que imprensa escrita, televisão ou rádio
De acordo com o terceiro Relatório Global de Consumo 2024, realizado pela agência internacional de comunicação Marco, em parceria com a Cint, 93% dos portugueses consideram o jornalismo tradicional fundamental para combater a desinformação.
O estudo destaca também que 83% dos portugueses consideram que a informação fornecida por um jornalista é mais credível do que a transmitida por um influenciador. A confiança nas fontes de informação continua a ser um factor determinante nas decisões de consumo, com os portugueses a demonstrarem uma preferência clara por conteúdo mais objectivo e factual, em detrimento de sugestões de influenciadores, muitas vezes vistas como comerciais ou menos imparciais.
A nível nacional, o estudo revela também que o LinkedIn é a plataforma digital de maior confiança, com uma média de 14% dos inquiridos a considerá-lo credível ou muito credível, superando plataformas tradicionais como a imprensa escrita (7%), televisão (7%) e rádio (7%). Este dado sublinha a confiança crescente dos portugueses numa plataforma digital voltada para a esfera profissional, e que fornece, à partida, informação credível que permite acompanhar temas de relevância em diversas indústrias.
Ainda assim, é importante notar que imprensa escrita, TV e rádio – meios tradicionais – continuam a ultrapassar os meios digitais e redes sociais quando analisados em conjunto, com 21% das respostas dos inquiridos.
A preferência pelo Linkedin face a outros meios de comunicação tradicionais pode ser explicada pela natureza desta rede social. Ao contrário de aplicações como o Instagram ou TikTok, onde o conteúdo é muitas vezes influenciado por tendências ou popularidade de influenciadores, o Linkedin foca-se num conteúdo profissional – mais controlado e direcionado. Para os portugueses, isto torna o Linkedin uma plataforma mais credível, sendo uma forma de aceder a notícias, artigos e discussões profissionais fundamentadas.
Embora o jornalismo seja considerado uma fonte de maior confiança, 39% dos portugueses afirmam já ter comprado um produto ou serviço devido à recomendação de um influenciador. Este dado revela o impacto crescente que os influenciadores têm no comportamento de compra, especialmente em segmentos de consumo mais jovem e nas plataformas digitais.
Este estudo foi realizado entre Dezembro de 2023 e Janeiro de 2024, junto de 680 portugueses, e abordou várias temáticas, com foco no consumo de informação.
Este estudo é baseado num inquérito efectuado a uma amostra total de 7300 pessoas, de 11 países (Brasil, França, Alemanha, Itália, México, Marrocos, Portugal, África do Sul, Espanha, Reino Unido e EUA). Esta nova vaga do relatório explora comportamentos sobre a cultura de consumo de informação.