Portugueses e europeus mais optimistas

Há um maior clima de optimismo entre os europeus. O emprego revela uma melhoria na sua conjuntura, com alguns países a registar taxas de desemprego residuais.

 

Para Portugal, antecipa-se uma taxa de desemprego de 8,3% quase menos um ponto percentual, em relação a 2017. Em 2019, prevê-se o valor de 7,6%.

Em território nacional, prevê-se que o PIB cresça 2,1%, valor superior ao 1,6% previsto para o crescimento da média europeia. As estatísticas mostram que a Roménia cresce mais visivelmente, com 4,4%, e o Reino Unido, pelos efeitos do Brexit, de forma mais reduzida – apenas 1,3%.

A classificação média atribuída pelos consumidores nacionais à situação de Portugal regista, pela primeira vez em alguns anos, uma média positiva, fixada em 5,4, numa escala de 1 a 10. Os portugueses registam um maior crescimento, mais 0,8 pontos face ao ano passado.

Os 17 países europeus presentes no estudo do Observador Cetelem Consumo 2018 mostram uma evolução favorável no sentimento de optimismo quanto à situação nacional. E este ano, atinge mesmo um valor positivo face a períodos anteriores – 5,2 pontos de média, mais 0,3 que no passado e mais 0,4 face a 2016.

Os portugueses seguem a tendência, após um período de forte depressão. Atingem os 5,4, valor acima da média europeia, mais 0,8 pontos que no ano passado e já muito distante dos 3,5 pontos registados em 2016.

Já os millennials nacionais avaliam a situação em 5,2, um valor um pouco inferior ao registo nacional no seu todo (0,2 pontos). Apesar da Geração Y portuguesa fugir à tendência, é possível afirmar que na grande maioria dos países europeus os millennials consideram-se bastante optimistas; se a média geral entre os inquiridos do estudo é de 5,2 pontos, os valores dos millennials chegam aos 5,6.

Situação pessoal cada vez melhor

Quanto à situação pessoal, a classificação da generalidade dos portugueses é de 5,6 pontos, valor acima de 2017 – já então positivo, 5,1 – depois de um período negativo que motivou, por exemplo, os 4,6 pontos de 2016. Ainda assim neste caso a média europeia é ligeiramente superior e chegará aos 5,7 pontos.

Entre os millennials nacionais os resultados apontam para um sentimento mais positivo que a média nacional de inquiridos, pois chega aos 5,7 pontos. Este optimismo com a situação pessoal é comum aos millennials europeus, pois o estudo aponta para uma média de 6,1 pontos (mais 0,4 pontos que o registado no estudo).

Quanto ao aumento do poder de compra, 7 em cada 10 europeus considera que o seu poder de compra se manteve estável ou aumentou, um valor igual também entre os consumidores portugueses. Contudo, para 31% dos inquiridos no estudo, o poder de compra decaiu em comparação com anos anteriores.

O bom estado de saúde de economia pessoal prolonga-se nas intenções de compra que levam a que 47% dos europeus ambicionem aumentar o consumo durante o próximo ano. 33% dos portugueses também concordam com esta afirmação, à semelhança do que aconteceu em 2017.

Em termos de poupança, as intenções são também bastante acentuadas, sendo que 45% dos europeus e 60% dos portugueses pretende economizar mais, confirmando o desejo de reconstruir as poupanças pessoais.

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