Preços das viagens empresariais estão a aumentar. Saiba o que o justifica
A crescente procura por políticas sustentáveis, as disputas geopolíticas e a falta de integração entre plataformas tecnológicas, aliadas a uma grande variedade de canais de distribuição, estão a fazer subir os preços das viagens de negócios. É esta a conclusão do relatório da Navigating Fragmentation in Corporate Travel, de Business Travel Association (BTA).
Em grande medida, este relatório sublinha a importância de reforçar as parcerias entre as Travel Management Company (TMC) e os fornecedores para enfrentar os desafios da fragmentação e melhorar a experiência do colaborador que viaja.
O estudo mostra que a fragmentação do sector também se deve à falta de integração entre as plataformas tecnológicas. Por exemplo, a adopção desigual da norma New Distribution Capability (NDC) pelas companhias aéreas dificulta a comparação de tarifas e a disponibilidade de conteúdos. Consequentemente, para as empresas, a gestão dos custos, o acompanhamento dos viajantes e o cumprimento das políticas de viagem tornam-se mais complexos quando se trabalha sem uma ferramenta especializada de gestão das viagens empresariais.
A sustentabilidade é outro factor que contribui para o aumento da fragmentação. À medida que cresce a procura de viagens mais responsáveis do ponto de vista ambiental, as empresas procuram reduzir a sua pegada de carbono, escolhendo opções sustentáveis de transporte e alojamento. As TMC têm um papel fundamental a desempenhar na consolidação de conteúdos e na normalização de critérios de sustentabilidade para facilitar a gestão sustentável das viagens.
Do mesmo modo, os factores geopolíticos e regulamentares também desempenham um papel importante nesta fragmentação crescente. As mudanças políticas e as influências geográficas afetam as rotas das companhias aéreas e complicam a gestão dos programas de viagens das empresas. Além disso, aumentam o preço do combustível e, por conseguinte, o preço dos bilhetes.