Privatização dos Estaleiros de Viana: Governo pretende manter postos de trabalho
O ministro da Defesa afirmou esta quinta-feira que a manutenção dos postos de trabalho é uma das condições colocadas pelo Governo aos candidatos à reprivatização dos Estaleiros de Viana e que espera ter o processo concluído até final de Setembro.
Em declarações aos jornalistas, Aguiar Branco adiantou que a resolução aprovada em Conselho de Ministros define um período de apresentação de propostas não vinculativas ate ao próximo mês e um segundo para propostas finais.
«Estamos a cumprir o calendário que tinha dito, no mês de Junho foram criadas as condições de valorização e os critérios para as propostas, devo enfatizar que o decreto refere a questão da possibilidade de venda direta até 100 por cento do capital, também a valorização das propostas que mantenham o maior número de trabalhadores, uma matéria que tínhamos dito que era importante que ficasse consagrada, e também a apresentação de um plano estruturante de viabilização da empresa», afirmou o ministro.
O modelo desta reprivatização, segundo um comunicado do Conselho de Ministros, prevê «a realização de uma venda direta» pela Empordef, holding do Estado para as indústrias de Defesa, a um investidor «nacional ou estrangeiro».
Neste processo, está reservado um lote de ações «representativas do capital social» dos ENVC, para disponibilização aos trabalhadores da empresa.
Fundada a 4 de Junho 1944, no âmbito do programa do Governo para a modernização da frota de pesca do largo, a empresa começou na forma de uma sociedade por cotas de responsabilidade limitada, com o capital social de 750 contos.
Acabou por construir mais de 200 navios e chegou a empregar perto de 2.000 trabalhadores.
Hoje restam cerca de 630 trabalhadores e só 300 saíram nos últimos cinco anos.