Quase 70% das famílias em Portugal querem que se recorra mais a materiais em papel no ensino
Um novo estudo encomendado pela Epson revela que 66% das famílias em Portugal pretendem que se recorra mais a materiais em papel e a manuais escolares na sala de aula.
Esta percentagem é inferior se extrapolarmos os resultados de toda a Europa, 63%, o que indica que as famílias portuguesas com alunos procuram um equilíbrio na utilização da tecnologia. Uma proporção semelhante de professores nas escolas em Portugal também concorda, com 66% do total inquirido.
A maioria das famílias portuguesas também acredita que os materiais impressos nas salas de aula melhoram a capacidade de leitura (52%), percentagem que sobe para 67% em países nórdicos como a Finlândia. No lado oposto, apenas 7% das famílias consideram os materiais impressos como elementos de distração para o corpo estudantil. Este dado corrobora um estudo anterior da Epson, segundo o qual 59% das famílias na Europa acreditam que seus filhos aprendem melhor interagindo com objectos físicos do que com a informação dos ecrãs digitais.
Ao mesmo tempo, neurocientistas do Teachers College da Universidade de Columbia demonstraram que há uma clara vantagem em ler um texto em papel, em vez de numa tela, onde «foi observada uma leitura superficial».
Na realidade, professores e professoras estão frustrados com a falta de equipamentos de impressão que os ajudariam a introduzir mais materiais de aprendizagem impressos para os alunos. Em Portugal, 75% afirmam que é essencial ter acesso a uma impressora, percentagem que sobe para 93% nos países da Europa do Leste. No entanto, apenas 5% dos professores entrevistados têm uma impressora directamente na sala de aula. Muitos usam suas próprias impressoras, e 21% afirmam usar sua própria impressora de casa para o material didáctico. Essa percentagem sobe para 35% em outros países, como Itália ou Sérvia.
Parece que as famílias observam esta situação de uma posição similar, já que quase um quinto dos pais e mães em Portugal (16%) afirma imprimir regularmente em casa os deveres e o material didáctico que a escola não lhes fornece.