Quase 90% dos serviços governamentais estão online mas com barreiras de acessibilidade

Quase 90% dos serviços governamentais da União Europeia, países candidatos e da associação do comércio livre estão disponíveis online, mas apresentam barreiras de acessibilidade, segundo um relatório da Capgemini.

«Mais de oito em cada 10 (86%) dos serviços estão agora disponíveis online. No entanto, 65% dos sites ainda não cumprem os oito critérios elencados pelas ‘Web Content Accessibility Guidelines’”, revelou o eGovernment Benchmark report.

Isto significa que os utilizadores com deficiências específicas enfrentam barreiras ao aceder aos serviços na maioria dos Estados-membros.

O relatório precisou que 91% dos serviços prestados pelas administrações centrais, nos quais se incluem as autoridades tributárias, estão disponíveis online, acima dos 71% verificados nas administrações locais.

Os utilizadores nacionais têm 88% de todos os serviços oferecidos em formato digital, enquanto os transfronteiriços têm 56%.

De acordo com a Capgemini, os utilizadores transfronteiriços enfrentam ainda «muitos obstáculos» no que diz respeito aos acessos e à possibilidade de utilização dos serviços online.

Assim, é sugerido que os órgãos de poder local e regional melhorem a infraestrutura tecnológica para prestar serviços de qualidade elevada.

Por outro lado, esta análise concluiu que o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA) tem sido um «elemento fundamental» da estratégia da União Europeia para se adaptar ao digital, com 29% dos portais a oferecerem uma funcionalidade de suporte ao vivo integrada com recursos de IA.

Os governos da União Europeia estão igualmente a adaptar os seus sites aos utilizadores de smartphonhes.

No que concerne à compatibilidade com dispositivos móveis, mais de nove em cada 10 dos sites da administração pública são responsivos.

Nesta análise foram considerados os 27 Estados membros da União Europeia, os países da EFTA – Associação Europeia de Comércio Livre e os países candidatos à adesão à UE, nomeadamente Albânia, Montenegro, Macedónia do Norte, Sérvia e Turquia.

O estudo abrange 2344 administrações públicas, 1053 das quais centrais, 304 regionais e 987 locais.

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