Recursos Humanos vs Marketing

Colocados um passo atrás do Marketing, os RH ficam muitas vezes na situação do “irmão do famoso”. O Marketing é, para muitos, mais sexy, mais famoso, mais criativo e está mais presente.

Por Sian Harrington –  HR UK

Os paparazzi adoram o Marketing. Várias sondagens, incluindo a da Human Resources UK, parecem sublinhar a mensagem. A disciplina do marketing está cheia de pessoas com muita energia, excelentes competências de comunicação, muita adaptabilidade e capacidade estratégica comprovada. A sua compreensão da marca e do cliente/consumidor é nata. Os marketeers são ouvidos pelos CEO e pelo Conselho de Administração – de facto, têm uma boa hipótese de chegar um dia ao Conselho de Administração.

Até a Wikipedia gosta deles. O marketing é, define, «a actividade, grupo de organizações e processos necessários para criar, comunicar, distribuir e trocar bens e serviços com valor para os consumidores, clientes, parceiros e a sociedade em geral». Os Recursos Humanos, por outro lado, são “o nome da função que, no interior de uma organização, tem a responsabilidade geral de implementar estratégias e políticas relacionadas com a gestão de pessoas».

Não admira, por isso, que as organizações olhem cada vez mais com bons olhos para os marketeers como potenciais líderes da sua estratégia de RH. A disciplina é uma de um conjunto identificado pela Heidrick & Struggles como carreira de base para a direcção de RH numa empresa.

«Em vez de escolherem técnicos de RH, as empresas estão a preencher o cargo de director de RH com líderes de funções do lado do negócio, como as operações, marketing ou direito comercial», refere a empresa num relatório, The New Path to the C-Suite, que foi capa da “Harvard Business Review” em Março de 2011.

É sempre a mesma história: os RH ainda lutam para ganhar peso no papel de chefia, apesar de ser público que o talento é natural em qualquer área competitiva. Como refere o estudo da Heidrick: «O papel dos RH sempre foi visto como claramente administrativo, excepto nas empresas com um pensamento mais inovador, e os seus líderes sempre foram relegados para a gestão de políticas de empresa ou iniciativas culturais.

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