Risco de pobreza nos desempregados é cinco vezes maior do que de quem trabalha. Há um factor que contribui para o diminuir

As pessoas desempregadas têm um risco cinco vezes maior de serem pobres do que as pessoas que têm emprego, alertou o Instituto Nacional de Estatística (INE), cujos dados demonstram uma relação positiva entre a escolaridade e a redução da pobreza.

 

Segundo o INE, e com base nos dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento relativos a 2022, 17% das pessoas que viviam em Portugal estavam em risco de pobreza, sendo que a taxa de risco de pobreza para a população desempregada ascendeu a 46,7%. «Significativamente superior à da população empregada, que foi de 10%», aponta o INE, sublinhando que o limiar da pobreza, em 2022, correspondeu a 7095 euros anuais, cerca de 591 euros por mês.

O INE refere também que o risco de pobreza para a população desempregada aumentou mais 3,3 pontos percentuais em relação a 2021, «retomando a ordem de valores de 2020 (46,5%)», ao mesmo tempo que a taxa de risco de pobreza para a população empregada diminuía no mesmo período temporal.

Acrescenta que a pobreza relativa da população sem actividade profissional aumentou entre 2021 e 2022, entre mais 0,5 pontos percentuais entre as pessoas reformadas (para 15,4%) e mais 3,4 pontos percentuais para outros casos de inactividade (para 31,2%).