Rita Cadillon: Para desafios iguais, uma resposta diferenciadora
Sendo a Primavera BSS uma empresa tecnológica, adivinha-se qual é o seu principal desafio na Gestão de Pessoas. Não havendo fórmulas mágicas, a resposta para atrair e reter talento também não é rocket science: passa pela proximidade, reconhecimento, cultura de inovação e desenvolvimento.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho
A escassez de profissionais com as competências certas é o desafio identificado por Rita Cadillon, directora de Recursos Humanos da Primavera – Business Software Solutions (BSS), como um dos mais prementes actualmente, sabendo que é transversal a todas as empresas de Tecnologia. Tendo assumido o cargo há pouco mais de um ano, tem consciência de que uma estratégia sólida de Gestão de Pessoas não dá os seus frutos logo no imediato, mas tem muito claras as apostas que acredita que farão a diferença. E se há algo aprendeu desde cedo no seu percurso foi que «para gerir pessoas é muito importante conhecer bem os seus desafios diários, a complexidade das funções que desempenham e o propósito dos processos que desenvolvem».
É formada em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Inglês e Alemão. Estou curiosa para saber como surge a Gestão de Pessoas no seu percurso?
Desde o início do meu percurso profissional, que começou na multinacional Bosch, que trabalhei de perto com todas as direcções, e particularmente com a de Recursos Humanos. Essa proximidade permitiu-me conhecer os processos organizacionais de forma transversal, assim como o modelo de Gestão de Pessoas, o que se revelou uma grande mais-valia, pois para gerir pessoas é muito importante conhecer bem os seus desafios diários, a complexidade das funções que desempenham e o propósito dos processos que desenvolvem. Esse conhecimento, aliado à minha aptidão natural para o acompanhamento e desenvolvimento de pessoas – que foi fortalecido com a experiência que tive na área da formação –, criou as condições certas para que o meu caminho profissional enveredasse para a Gestão de Recursos Humanos, que gosto mais de designar de People Success, e que é algo que faço com entusiasmo. Passados estes anos todos, não me vejo a fazer outra coisa.
O que mais a atraiu no desafio proposto pela Primavera BSS? O que lhe foi pedido?
Atraiu-me sobretudo o facto de se tratar de uma empresa, e um negócio, completamente diferentes. Passar de uma multinacional do sector industrial para uma tecnológica portuguesa, onde o centro de decisão está mais perto e existe uma maior agilidade na implementação das decisões, foi um desafio muito interessante.
Ainda só passou pouco mais de um ano desde que assumiu funções como directora de Recursos Humanos da Primavera BSS, mas o que diria que já foi uma vitória?
Uma estratégia sólida de Gestão de Recursos Humanos não dá os seus frutos logo no imediato, porém, sinto que tomámos algumas medidas importantes que têm recebido um feedback muito positivo das nossas pessoas. Desde logo, uma maior proximidade com todas as áreas operacionais, que passaram a contar com um HR Business Partner que está no terreno a acompanhar a actividade dos profissionais que contribuem para a evolução de cada uma das áreas da empresa. Foram também implementadas diversas medidas no âmbito da nossa política de worklife balance, que têm contribuído para consolidar a equipa. O feedback tem sido muito bom.
Que prioridades de acção definiu e qual o “plano” que traçou para lhes dar resposta?
A formação e o desenvolvimento das nossas pessoas estão sempre no topo das prioridades, particularmente nesta fase em que cerca de metade da equipa tem até três anos de casa. Estamos a implementar planos de formação diferenciados por grupos de funções e a promover um programa de desenvolvimento de lideranças para todos os níveis de gestão, precisamente com o objectivo de desenvolver os profissionais, dotando-os de todas as competências e condições para que se sintam realizados e possam alcançar um desempenho de excelência.
Quais diria que são os principais desafios?
Os meus principais desafios estão relacionados com aqueles que todas as tecnológicas encontram actualmente, que se prendem com a escassez de profissionais com as competências que procuramos. Essa escassez conduz, naturalmente, a uma elevada taxa de rotatividade dos profissionais, o que dificulta a retenção de talento.
Leia a entrevista na íntegra na edição de Dezembro da Human Resources, nas bancas.