Sabe até quanto pode ganhar um advogado?

O volume de pedidos de recrutamento no sector jurídico, predominantemente nas sociedades de advogados, continua elevado, com foco nos advogados recém-agregados (até 5 anos pós agregação). Essa procura está relacionada com a alta rotatividade entre advogados juniores, que têm como expetativa não apenas salários atractivos, mas também flexibilidade, um bom ambiente de trabalho e benefícios adicionais. Quem o diz é o estudo anual da Michael Page sobre a evolução das principais tendências de recrutamento para o próximo ano para quadros executivos, em empresas de grande dimensão.

 

Embora a procura por perfis seniores se tenha mantido, as áreas de destaque incluem Contencioso, Direito Público, Corporate e M&A, Direito do Urbanismo e Direito Fiscal. As empresas demonstram interesse por profissionais versáteis e generalistas, além de especialistas em Direito Público, Imobiliário, Bancário, Financeiro, Fiscal, Proteção de Dados e Compliance.

O último ano evidenciou movimentações de equipas entre sociedades de advogados, assim como fusões de sociedades de médio porte com grandes firmas. A procura por advogados portugueses por parte de sociedades internacionais, especialmente de países como Inglaterra, Luxemburgo e EUA, desafia a retenção de advogados juniores.

No setor da consultoria fiscal, observa-se rápida evolução com investimentos em tecnologia e compliance digital. A fiscalidade internacional está em ascensão devido ao aumento da complexidade regulatória. O sector também enfrenta alta rotatividade entre consultores, especialmente nas grandes consultoras, com muitos profissionais a optarem por fazer a transição para o cliente final por questões relacionadas com a estabilidade e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Como exemplos de remuneração nas sociedades de advogados, um advogado associado com quatro a sete anos pós agregação ronda os 68 mil euros como tecto máximo, enquanto um advogado com mais de 10 anos pode auferir até 150 mil euros.

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