Sabe o que é e o que define o princípio de Peter?

Na maioria das organizações, o princípio de Peter é definido como o fenómeno em que os colaboradores são promovidos até atingirem um limite máximo de competências e, provavelmente, fracassarem. No livro com o mesmo nome, “Princípio de Peter”, de Laurence Peter e Raymond Hull, os autores descrevem o conceito de forma mais sucinta, dizendo que «numa hierarquia, todo empregado tende a subir ao seu nível de incompetência».

 

No início da sua carreira ou de um novo emprego pode ser promovido, mas vai chegar a um ponto em que não possui mais as competências necessárias para o trabalho e é então que falha. O princípio de Peter defende que este é quase um conceito universal, que todos os colaboradores em algum momento irão experimentar.
Apesar disso, há formas de o contornar, a Forbes partilhou duas:

 

1. Foco no crescimento da produtividade (e não no salário)
Muitas pessoas, quando entram no mercado de trabalho, estão preocupadas com quanto dinheiro vão ganhar. Mas o que realmente importa é a quantidade de dinheiro que fazem em relação ao valor que geram como colaboradores. Se permitir que o seu ordenado aumente mais rapidamente do que a sua produtividade, o Princípio de Peter torna-se uma armadilha.

No início, provavelmente vai sentir que subiu na carreira, ao começar a ganhar mais dinheiro do que os seus colegas, mas isso rapidamente entrará em colapso se não houver crescimento de produtividade. O seu salário será reduzido para corresponder às suas actividades até atingir um ponto de equilíbrio. Por isso, faça tudo o que puder para aumentar a produtividade, porque, a longo prazo, isso é o que mais importa.

 

2. Não confunda um cargo com conjunto de competências
À medida que as pessoas avançam na carreira numa empresa e mergulham nas suas políticas internas, é fácil perder de vista o conjunto de competências que estão a desenvolver e, talvez mais importante, perder de vista como essas competências são valorizadas no mercado. Muitas pessoas confundem um cargo com um conjunto de competências. Se um colaborador não desenvolve competências excepcionais de forma proactiva, pode facilmente cair novamente no Princípio de Peter.

Por exemplo, se tiver um bom salário e se o seu conjunto de capacidades não for exclusivo ou acima da média, os novos profissionais têm a possibilidade de desenvolvê-lo e de se oferecer para fazer o mesmo trabalho por um salário mais baixo. As empresas vão substituir colaboradores por mão-de-obra mais barata e igualmente efectiva, o que também pode ser chamado de efeito de substituição. Por isso desenvolva capacidades exclusivas, que o distingam dos outros colaboradores.

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