São estes os quatro erros de ética mais comuns na liderança (e que mais prejudicam os colaboradores)

Quando os líderes não assumem um comportamento ético, e nada fazem para rectificar isso, os efeitos organizacionais podem ser terríveis. Rita Maria Nunes, country manager da The Alternative Board (TAB) Portugal aponta os erros éticos que surgem com mais frequência entre os líderes empresariais e que mais impactam nos trabalhadores.

Os quatro erros de ética empresarial mais comuns são:

1. Falha em ser responsável 
Algumas empresas lançam, inadvertidamente, as bases para uma conduta antiética quando não conseguem estabelecer mecanismos de responsabilização. Os líderes eficazes compreendem que a responsabilidade começa no topo e que tal marca o tom para toda a organização. Por seu turno, os líderes inseguros tendem a julgar depressa quando algo corre mal. São mais propensos a fazer acusações ou mesmo a demitir alguém para desviarem a culpa de si mesmos. Tal é inútil e apenas serve para diminuir a confiança e a produtividade em toda a empresa.

 

2. Falta de consciência sobre assédio ou discriminação
Todos têm o direito de estar num local de trabalho livre de assédio ou discriminação. Os líderes de negócios que permitem que ocorram incidentes de assédio sem consequências acabam por estabelecer uma premissa para um ambiente de trabalho indisciplinado e insustentável. Todos os líderes de negócio devem ser responsáveis por fazer tudo o que estiver ao seu alcance para construir um ambiente de trabalho sem qualquer tipo de abuso verbal, físico ou sexual. O «padrão de tolerância zero» é de importância crítica e deve ser aplicado de forma geral.

 

3. Ignorar reclamações ou relatos de comportamento adverso
Nenhuma organização pode prosperar por muito tempo quando permite que a negligência de mau comportamento continue. A conduta antiética é, muitas vezes, como uma infecção. Isto é, quando outros colaboradores percebem que um infractor fica impune, o mais provável é que passem também, de algum modo, a infringir as regras.

Caso haja necessidade de investigação, há que certificar-se de que a equipa responsável pelo inquérito chegue a uma conclusão. Muitas reclamações apresentadas aos departamentos de recursos humanos e noutros locais tendem a desaparecer ou ser ignoradas, sem que seja tomada qualquer acção clara em relação ao problema original.

 

4. Falha em conter as suas próprias emoções
Claro está que os líderes empresariais são humanos e, portanto, suscetíveis de ter uma resposta emocional perante as situações. Mas é de extrema importância que saibam manter as emoções sob controlo, uma vez que as manifestações externas – especialmente de fúria, insegurança e medo – revelam débeis capacidades de liderança e uma potencial quebra no comportamento ético.

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