Ser engraçado e cair em graça no trabalho – ao mesmo tempo
Um artigo do The Wall Street Journal mostra-lhe os segredos do humor no escritório.
Uma piada no local de trabalho pode ser um bálsamo – ou dar origem a um momento infeliz. O The Wall Street Journal, no artigo “Secrets of Effective Office Humor”, dá-lhe algumas sugestões para conseguir ser verdadeiramente engraçado em contexto de trabalho e, assim, cair em graça junto dos seus colegas.
O sentido de humor é mesmo apreciado por quem recruta. «Quem contrata gosta de recrutar pessoas com sentido de humor», segundo o artigo. «E misturar o riso e diversão na cultura de uma empresa pode atrair profissionais qualificados», assegura o jornal.
«As pessoas vão gostar mais de si se o acharem divertido e também vão pensar que é mais inteligente. Mas se nunca tiver sido engraçado antes, tentar a começar a sê-lo no local de trabalho – o sítio mais importante onde estará em toda a sua vida – é uma péssima ideia». Um conselho importante de Scott Adams, o autor de Dilbert, a mítica tira que há mais de 20 anos retrata a realidade do mundo do trabalho.
O timing é essencial. Fred Kilbourne, actuário entrevistado pelo WSJ, cometeu um erro ao fazer uma piada numa reunião decisiva. O tom sério da reunião fez com que lhe repreendessem pelo mau timing da graça – «e com razão», acrescenta.
Se a piada falhar, saiba dar a volta. «Quem faz piadas no local de trabalho deverá estar preparado para reagir com uma réplica divertida se a piada for um “flop”, assegurando que esta seja feita num tom caloroso e nunca sarcástico», refere um especialista em humor no trabalho citado pelo WSJ, Michael Kerr.
Piadas discriminatórias são proibidas. «A maioria das pessoas conhece os tabus: piadas racistas, étnicas ou sexistas», em resumo discriminatórias, são uma linha que não se ultrapassa.
Participe. Zach Ward, especialista em comédia de improvisação, recomenda que participe activamente, dando seguimento a eventuais brincadeiras.
Dê sugestões através do humor. «Brincar com colegas de trabalho pode ser uma forma de manifestar discordância ou de criticar de forma lúdica, sem provocar irritação ou posturas defensivas, segundo um especialista citado pelo WSJ, uma abordagem que «não deve ser utilizada em situações mais sérias que possam afectar o historial de desempenho ou as perspectivas salariais de alguém».
Auto-depreciação. «Executivos e gestores que recorram a humor auto-depreciativo parecem ser mais acessíveis aos seus subordinados. O humor elimina hierarquias fomentando a lealdade e produtividade dos colaboradores», remata o WSJ.