Sofia Mendoça, McDonald’s: «A Convenção Mundial é uma forma de valorizar os talentos internos, dando-lhes visibilidade no contexto internacional da marca»

A Worldwide Convention (WWC) da McDonald’s reuniu este ano mais de 15 mil franquiados, fornecedores e equipa de liderança de mais de 100 países. Além de reforçar o propósito e valores da marca, Sofia Mendoça, directora de Recursos Humanos na McDonald’s Portugal, acredita que iniciativas como esta trazem benefícios ao nível da realização profissional dos colaboradores e, consequentemente, na sua retenção, na sua evolução enquanto profissionais e pessoas pela partilha de conhecimentos e experiências.

Por Tânia Reis

 

A convenção mundial, tradição que remonta a 1965, realizou-se pela primeira vez na Europa, em Barcelona, de 8 a 11 de Abril. Portugal esteve representado por cerca de 500 pessoas, entre franquiados, equipas dos restaurantes, colaboradores da sede, bem como fornecedores nacionais.

Além de apresentar as grandes prioridades para o futuro do negócio e partilhar o que os diferentes mercados melhor fazem, promove momentos de partilha, com foco na inovação, aprendizagem e crescimento responsável da marca.

 

O que é a WWC e quais os seus objectivos?

A Worldwide Convention (WWC) é um evento interno que se realiza de dois em dois anos, organizado pela McDonald’s a nível global. Esta convenção reúne franquiados, fornecedores e equipa de liderança da McDonald’s de mais de 100 países. Este ano juntou mais de 15 mil pessoas.

Trata-se de um momento para apresentar as grandes prioridades para o futuro do negócio, partilhar o que os diferentes mercados melhor fazem, promovendo momentos de partilha, com foco na inovação, aprendizagem e crescimento responsável da marca.

O evento é uma oportunidade para a McDonald’s celebrar sucessos colectivos, mostrar diversos pontos fortes e oportunidades para planear o futuro da marca. É também uma excelente oportunidade para nos conectarmos com outros membros da McDonald’s do mundo, que partilham a mesma paixão pela marca.

A Convenção Mundial é uma tradição da McDonald’s que remonta a Outubro de 1965, quando os proprietários/operadores da McDonald’s se reuniram pela primeira vez em Hollywood, Flórida, para se conhecerem e aprenderem uns com os outros. Na época, a McDonald’s tinha 738 restaurantes nos EUA – e o fundador da McDonald’s, Ray Kroc, ficou maravilhado com o quanto a empresa havia crescido.

Ao longo dos anos, a McDonald’s realizou 30 convenções em diversas cidades da América do Norte, incluindo Las Vegas, Toronto e Chicago. Independentemente do local, a convenção é uma oportunidade para revigorar a comunidade McDonald’s e lembrar a todos – franquiados, fornecedores e colaboradores – porque é que fazemos o que fazemos.

A Convenção Mundial é uma experiência de marca única e memorável.

A WWC realizou-se pela primeira vez na Europa. Que motivos levaram à escolha de Barcelona?

A Worldwide Convention é um evento organizado pela McDonald’s a nível global que se realizou este ano, pela primeira vez, na Europa. Foi uma oportunidade extraordinária para os países europeus poderem participar de forma mais integrada na organização de um evento desta magnitude, nomeadamente, levando uma equipa de colaboradores de restaurantes para apoiar na organização da Convenção. Foi entendido que a cidade de Barcelona teria capacidade de acolher, com todas as condições, um evento com as características que a Worldwide Convention exige.

 

Porquê o tema “Reimaginar o futuro. Juntos”?

“Reimaginar o Futuro” vem reforçar esta ideia de que, juntos, alcançamos melhores resultados, e de que as pequenas acções feitas em conjunto – com fornecedores franquiados e equipas de todos os países – permitem-nos criar mais e melhor impacto para as comunidades onde a marca está presente.

Representa também a forma como procuramos criar relacionamentos significativos e duradouros com os nossos franquiados ao elevar, com responsabilidade, a força da marca nos diferentes países onde opera.

 

E como reimaginaram esse futuro?

Precisamente com a união dos três pilares da McDonald’s – fornecedores, franquiados e colaboradores – e com o seu compromisso conjunto, seja em que país for.

 

Portugal esteve representado?

Sim, Portugal fez parte da realização da Worldwide Convention de forma activa. Esteve representado por cerca de 500 pessoas, entre franquiados, equipas dos restaurantes, colaboradores da sede, bem como fornecedores nacionais.

Que papel/função teve a equipa portuguesa?

Para além da direcção da McDonald’s Portugal e dos franquiados portugueses, que estão presentes em todas as convenções, este ano tivemos a oportunidade de levar elementos de diferentes equipas da sede, nomeadamente, dos departamentos de Marketing, IT, Recursos Humanos, Impacto e Comunicação, Operações e Desenvolvimento, alguns dos quais fizeram também parte da realização do evento e contribuíram na exposição nas respectivas áreas aos presentes.

A par disso, tivemos a oportunidade de contar como uma grande equipa dos restaurantes de Portugal, de diversos pontos do país, responsáveis por operar um dos restaurantes presentes na Convenção e, assim, servir os mais de 15 mil participantes durante os quatro dias do evento. Foram cerca de 150 colaboradores, entre eles gerentes e assistentes de gerência, operadores e relações-públicas, previamente seleccionados, que representaram não só a McDonald’s Portugal como também as regiões dos seus restaurantes.

 

Podemos esperar uma próxima WWC a acontecer em Portugal?

Trata-se de uma decisão da McDonald’s Global. Caso seja proposto, estaremos naturalmente disponíveis para apoiar, com a máxima qualidade, em tudo o que for necessário.

 

Quais os principais momentos que destaca desta edição de 2024?

Há muitos momentos a destacar numa semana que se viveu de forma tão intensa por toda a equipa. No que respeita ao nosso País, destacaria, a participação activa da equipa portuguesa na organização do evento, nomeadamente, com a gestão de um dos restaurantes presentes na Convenção, que proporcionou uma experiência única a todos os envolvidos.

A par disso, sublinho as distinções a diversos membros da McDonald’s Portugal. Fazem parte: o prémio internacional Ray Kroc Award – que reconhece o desempenho e contributo excepcional de gerentes e supervisores de restaurantes em todo o mundo – entregue ao Tiago Soutelo, gerente do restaurante McDonald’s Imperial no Porto, e ao Vitor Almeida, pelo seu desempenho enquanto gerente dos restaurantes McDonald’s Póvoa de Varzim, Nassica e Vila do Conde, sendo actualmente consultor de Operações na sede; e o reconhecimento Fred L. Turner Golden Arch Award, que reconhece apenas 1% dos franquiados de todo o mundo, tendo este sido entregue à franquiada Maria Emília Santos, por ser um exemplo de dedicação às suas equipas, restaurantes e comunidades.

Por fim, destaco ainda a participação de franquiados portugueses – Ana Margarida Teixeira e Gonçalo Coelho de Sousa – numa mesa-redonda dedicada ao tema da Segurança Alimentar, com a partilha das nossas boas práticas.

 

Que benefícios traz aos colaboradores a participação em eventos internacionais como este? E para o employee engagement?

Trata-se de oferecer uma oportunidade única para as nossas equipas ao poderem partilhar experiências com colegas de outros mercados, conhecer outras culturas e realidades, e ter acesso, em primeira mão, às próximas inovações da marca, sendo que esta é uma excelente oportunidade para estreitar laços entre a equipa portuguesa nas suas diversas áreas. Esta é uma das formas de valorizar os nossos talentos internos, dando-lhes também visibilidade no contexto internacional da McDonald’s.

O entusiamo das equipas durante todo o processo anterior ao evento e durante a semana da Convenção reflecte a forma como cada um viveu intensamente cada dia, com um enorme orgulho por representar a sua marca e a sua equipa.

 

E aos franquiados?

A Convenção Mundial da McDonald’s é, sem dúvida, um espaço privilegiado de networking entre franquiados. A troca de experiências das diferentes realidades, entre franquiados de todo o mundo, fornecedores e colaboradores, é muito enriquecedora. É também aqui que os franquiados têm a possibilidade de ter um maior contacto com os quadros de liderança mundial da McDonald’s, de conhecer a estratégia da marca para dar resposta aos desafios futuros, promovendo, desta forma, a transparência entre a marca e estes importantes parceiros, e reforçando a sua confiança no negócio. Este é ainda um espaço de aprendizagem, pois tem-se acesso a um conjunto de sessões e apresentações sobre os vários temas do negócio, sejam eles de tecnologia, experiência, sustentabilidade ou gestão de talento.

Para além disso, e nesta Convenção em particular, que esteve tão próxima, foi muito positivo terem tido a oportunidade de convidar mais membros das suas equipas dos restaurantes, dando-lhes a oportunidade de também conhecerem de perto o alcance da marca, o caminho que fazemos em conjunto e como nos imaginamos no futuro.

 

Que feedback obtiveram dos colaboradores e franquiados desta participação?

É muito gratificante testemunhar o orgulho dos franquiados por verem as suas equipas profundamente integradas no evento mais aguardado do ano. E em simultâneo, testemunhar o orgulho das equipas ao verem o seu talento reconhecido e a terem acesso a esta experiência multicultural, sendo a McDonald’s o denominador comum.

Foi também particularmente reconhecido o desempenho da equipa portuguesa no restaurante da convenção, não só pela capacidade de operar um restaurante tão desafiante, mas também pelo espírito de equipa, pela motivação contagiante e exemplo no compromisso que espelharam com esta experiência. Estão todos de parabéns.

 

Que principais desafios foram identificados nesta WWC e como prevêem lidar com eles?

Foram identificadas oportunidades nas mais diversas áreas do negócio, nomeadamente, no que respeita à relevância cultural da nossa marca, no apoio e envolvimento contínuo com as comunidades locais e na criação de uma maior afinidade com os nossos consumidores; à experiência no restaurante, ao compreender como podemos continuar a inovar nos nossos restaurantes e a experiência que oferecemos, garantindo uma cultura de excelência e preparando as nossas equipas para o futuro; e também no que respeita à maior personalização, ao repensar a experiência dos consumidores usufruindo do potencial da tecnologia para um serviço adequado às suas necessidades.

Do ponto de vista de Recursos Humanos, o foco incidiu em três grandes áreas. Por um lado, na contínua melhoria e inovação do recrutamento, passando por processos de integração e orientação mais fluídos para a equipa, com vista a atrair e a reter os melhores talentos. Por outro, a importância da formação, que sempre foi e sempre será central na nossa actividade, promovendo o contínuo compromisso em proporcionar oportunidades de aprendizagem e de crescimento para os que connosco trabalham, ao apostar em novos modelos de formação, ajustados ao contexto actual e futuro. Por fim, promover sempre o reconhecimento das equipas e a valorização da sua dedicação nas pequenas acções do dia-a-dia, com vista a trabalhar a sua motivação e sentimento de pertença.

Em qualquer uma das áreas, a tecnologia e a criação de novas plataformas internas são promissoras para capacitar abordagens melhoradas na gestão, formação e valorização dos nossos talentos e equipas.

 

Acredita que iniciativas como esta contribuem para uma melhor reputação e atractividade da McDonald’s, mesmo sendo uma das grandes marcas globais?

Sim, claramente. Este evento espelha a escala e força da nossa marca, reforçando o propósito, valores e ambição que todos partilhamos enquanto equipa ‘glocal’. É um evento interno com uma repercussão muito alargada, junto dos nossos colaboradores, franquiados e parceiros, que são os principais embaixadores da nossa marca. Iniciativas como esta criam um envolvimento ímpar, não só para quem tem a oportunidade de participar, como também para todos os que, mesmo de longe, têm a oportunidade de acompanhar estes eventos e conhecer o seu propósito.

Acredito que este evento tem também benefícios ao nível da realização profissional dos colaboradores e, consequentemente, na sua retenção, na sua evolução enquanto profissionais e pessoas pelo contexto diversificado, multicultural e inovador que aqui é apresentado e na evolução das próprias equipas que estes colaboradores integram, pela partilha dos conhecimentos e das experiências que, quem veio, leva consigo.

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