Tendências de recrutamento: Serão estas funções e competências mais procuradas este ano em 15 sectores

A Michael Page lançou o estudo anual sobre a evolução das principais tendências de recrutamento para o próximo ano para quadros executivos, em empresas de grande dimensão. Dos perfis mais procurados aos salários, conheça as tendências em 15 sectores.

 

1. Banking & Financial: De acordo com a Michael Page, neste sector destacam-se os projectos digitais e processos de desenvolvimento tecnológico. Os perfis de auditoria, controlo e risco encontram-se entre os mais desejados. Em 2022, o negócio de NPL deverá contribuir de forma significativa para o crescimento do mercado financeiro e, adicionalmente, as empresas de Fintech assumirão uma posição preponderante na atracção de novo talento. Globalmente, regista-se também neste sector um grande foco na transformação digital, assim como uma orientação cada vez maior ao cliente numa óptica de venda consultiva, procurando apresentar uma oferta de produtos e serviços tailor made.

Destaca-se o aumento das funções de Risco, Compliance e Auditoria, tanto na área Corporate & Investment Banking, como em Retail Banking. A digitalização e a inovação são também factores importantes que obrigam as empresas a procurar profissionais que ofereçam uma combinação de conhecimentos técnicos na área e uma clara orientação para o mundo digital.

Entre as tendências, destaca-se a aposta das empresas do setor no dynamic work, facilitando novos métodos de trabalho, planos de carreira mais adequados, mobilidade interna e outras ferramentas destinadas à retenção de talento. Como exemplo de tendência salarial, na banca de retalho um director de agência pode ganhar até 58 mil euros, e um analista de risco até 37 mil euros.

 

2. Construção: O sector da construção apresenta dinamismo, sendo de registar em 2021 um aumento significativo de novas obras, principalmente relacionadas com o investimento privado. Os projectos ligados à construção civil (edificação) assumem destaque, contudo é previsível que os próximos anos sejam férteis em concursos públicos com projectos de infraestruturas. No entanto, o mercado enfrenta a carência de profissionais devido à redução de estudantes universitários nos últimos anos, principalmente em Engenharia Civil, e aos profissionais que saíram do país. Este desequilíbrio contribui para elevar os níveis salariais do sector.

Os perfis mais procurados estão ligados à produção do lado dos empreiteiros directores de obra, encarregados gerais, preparadores de obra e orçamentistas. Nos promotores procuram-se sobretudo gestores de projecto. A remuneração pode incluir desde o valor máximo de 110 mil euros para a função de director-geral a 35 mil euros para um engenheiro fiscal ou de projecto.

 

3. Engineering & Manufacturing: O sector industrial é bastante vasto e se, em circunstâncias normais, é difícil existir uma perspetiva homogénea, no último ano, é praticamente impossível. As empresas do sector demonstraram a sua importância e provaram quão imprescindíveis são trabalhando, na sua maioria, a um ritmo bastante mais acelerado do que o normal.

Os perfis mais procurados (engenheiros de processo, engenheiros de melhoria contínua, supervisores de produção, técnicos de manutenção, gestores de projecto e engenheiros de produto) estão ligados às áreas de Logística e Supply Chain, onde a procura passou a ser superior à oferta, mas os salários ao nível de direcção mantiveram-se. É importante que as empresas se diferenciem neste setor através de uma forte cultura empresarial, com planos de carreira bem definidos e possibilidade de mobilidade interna. Com a integração de Portugal num mercado cada vez mais global, assistimos a uma maior competitividade ao nível do pacote salarial, criando uma tendência de disputa de talento no setor.

Os níveis salarias em áreas técnicas de engenharia têm tido importantes melhorias, que juntamente com o estilo e qualidade de vida em Portugal representam um passo importante para as empresas. A remuneração ou outros benefícios monetários não são a única forma de influenciar a decisão dos candidatos, que procuram cada vez mais a flexibilidade e/ou o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Como indicação, na indústria, um diretor-geral pode auferir o salário máximo de 170 mil euros, se trabalhar em Lisboa, e a mesma função, na mesma zona geográfica, na área da Construção, até 110 mil euros.

 

4. Finance: A procura de perfis financeiros, nomeadamente para funções de Controlling, Contabilidade e direcção Financeira, tem mantido um aumento gradual nos últimos anos, num setor que exige profissionais cada vez mais polivalentes. PME’s que procuram profissionalizar as suas equipas, bem como multinacionais e empresas de SSC, têm sido os principais players no que respeita a novas contratações.

A nível nacional, observa-se uma crescente centralização de equipas e de serviços financeiros, nomeadamente de novas empresas multinacionais de referência nas suas áreas de atuação. O mercado procura perfis avançados com domínio de tecnologias como Excell, ferramentas de Business Intelligence e ERPs, além de capacidade analítica, espírito crítico e orientação à melhoria contínua de processos transversais e competências sociais. Nos perfis financeiros, as empresas procuram, sobretudo, parceiros estratégicos de negócio com forte proximidade às operações.

Da parte dos candidatos, destaca-se a valorização do desenvolvimento profissional por parte das gerações mais novas, benefícios sociais, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e projeção internacional através do trabalho. Relativamente a tendências salariais, regista-se uma ligeira recuperação. Exemplificando, nas funções de direcção, como a de controller financeiro, o salário oscila entre 21 mil a 45 mil euros enquanto nas funções de controlo, um auditor externo pode ganhar até 63 mil euros.

 

5. Healthcare & Life Sciences: A Michael Page revela que este sector é um dos principais protagonistas do último ano, tendo ficado clara a sua importância e o foco que continuará a ter nos próximos anos. Ao nível dos perfis de direcção, o perfil comportamental tem sido bastante importante face à liderança que estas funções têm de assumir neste período tão complexo e perante o desafio de continuar num ambiente incerto, onde as relações entre os profissionais de saúde continuarão a transformar-se, exigindo novos tipos de competências.

Devido à grande procura por profissionais séniores, estes conquistaram uma boa vantagem nas negociações salariais e a resistência à mudança é notória em determinadas posições. Um pacote salarial atractivo, a reputação da empresa e o trabalho flexível são fatores decisivos na atracção e retenção dos talentos do sector. Para funções mais estratégicas, tem-se assistido a um aumento do pacote salarial base, dada a dificuldade de atracção deste tipo de perfis.

Em 2021 observou-se uma maior recetividade dos candidatos a novos projectos, mantendo-se a procura de desafios sólidos em empresas estáveis. Um salário justo, a boa reputação da empresa e o trabalho flexível continuam a ser factores decisivos para atracção e retenção de talento. Nas funções comerciais, um Business Unit manager (cargo máximo) pode auferir desde 64.400 a 130 mil euros, no departamento médico, um director Médico pode atingir também os 130 mil euros, enquanto nas funções técnicas e de suporte um responsável de Regulatory Affairs, pode auferir até 65 mil euros.

 

6. Hospitality & Leisure: Apesar do sector ter sido um dos mais afetados pela pandemia, a área de Hotelaria e do Turismo continua a ser uma referência no plano económico nacional. Este ano verifica-se uma tendência igual à do ano passado, com estabilidade de salários.

Na área Hoteleira, inicialmente sentiu-se um forte abrandamento na procura de novos perfis que foi atenuado com o desconfinamento. Também este ano, existe uma tendência para a procura de funções de gestão e otimização do negócio, como é o caso de perfis de direcção-geral, chefe de cozinha e sales manager. Na Restauração, continua a procura de posições mais operacionais, mas com um foco mais analítico, estratégico e de gestão.

Já nas Agências de Viagens Online, destaca-se a procura de perfis como Product managers ou Business developers com um foco claro no digital. Relativamente às competências, apesar da criatividade e a técnica serem valorizadas, surgem também outras skills como a capacidade de análise ou a optimização de custos.

A crescente profissionalização do setor reflete-se numa maior procura de candidatos com formação universitária, competências comerciais, capacidades comunicativas e de liderança. Para a função de director-geral de operações, a remuneração varia entre 56 mil a 110 mil euros, em função da região do país, enquanto nas funções mais operacionais, como chefe de banquetes, se situa entre os 32 mil e 55 mil euros.

 

7. Insurance: Esta área continua a ser uma forte aposta do sector Bancário, nomeadamente através do canal bancassurance, tendo vindo a registar-se um crescendo em seguradoras associadas a bancos. De igual forma, tanto as seguradoras como os corretores têm vindo a apostar na captação e retenção de talento e na readaptação interna de perfis.

O sector registou particular crescimento nas funções de Business Development e Account Management, nas áreas de Marketing, sobretudo no canal Digital. Ao nível de áreas técnicas, mantem-se a tendência em Área de Risco, Auditoria, Atuarial e Data Analytics. Registou-se um aumento dos pacotes salariais em algumas áreas, com remunerações entre 14 mil a 84 mil euros, dependendo do nível de responsabilidade.

 

8. Information Technology: Mantendo a tendência de crescimento, verificou-se um aumento na procura de profissionais estratégicos e especializados, que combinem o conhecimento técnico das TI e a experiência/conhecimento de negócio. O mercado tonou-se mais exigente na combinação das hard skills com as soft skills, reforçando a importância das competências de liderança, comunicação e orientação para a resolução de problemas.

A constante transformação digital traduz-se no aumento da procura de perfis especializados, principalmente nas áreas de Cyber Security, IoT, Cloud, CRM, ERP, Machine Learning e Big Data.

O pacote salarial é dominante na guerra pelo talento neste sector, mantendo a tendência dos incrementos e com valores superiores às das outras áreas, embora existam outros fatores que influenciam a decisão dos candidatos para aceitar um novo desafio: a natureza do projecto, o ambiente tecnológico e as próprias responsabilidades da função. Como referência, um director de Sistemas de Informação pode auferir entre 60 mil euros a 125 mil euros brutos, por ano.

 

9. Logística: Traçando uma perspectiva geral do sector, a Michal Page revela que se destaca a forte procura de profissionais de Logística e Supply Chain, principalmente em sectores industriais, de Retalho ou de Construção, e a tendência em termos de progressão salarial. Assiste-se a uma inversão neste mercado, onde a procura destes profissionais é já superior à oferta, em parte devido ao impacto da pandemia no setor, obrigando as empresas a rever todos os processos.

Os perfis mais procurados são essencialmente de middle management, onde se destacam as funções de Customer Service, Supervisor de Logística, Responsável de Operações ou Comprador Sénior. Também as posições de Top Management cresceram em procura, nomeadamente: director de Operações, director de Logística, director de Supply Chain e director de Compras.

De forma semelhante a outros sectores funcionais, a atracção do talento de Logística e Supply Chain exige diferenciação por parte das empresas e aposta numa forte cultura empresarial que contemple um plano de progressão de carreira bem definido e um pacote de fringe benefits diversificado (ginásio, seguro de saúde, fundo de pensões, entre outros), além de considerar a saúde ou a flexibilidade.

Na área de Supply Chain, a função de Supply Chain analyst pode auferir até 25 mil euros e um director de compras até 110 mil euros, enquanto na área de Logística, o plafond de remuneração máximo de 80 mil euros cabe ao cargo de director.

 

10. Recursos Humanos: A profissionalização do setor e o reconhecimento do papel estratégico que as funções de Recursos Humanos desempenham como elementos-chave para o desenvolvimento de negócio e para uma rápida adaptação de procedimentos e estruturas internas devido à pandemia, esteve em destaque. As empresas estão a investir cada vez mais na gestão e desenvolvimento dos seus talentos, com políticas avançadas de recursos humanos e foco numa abordagem analítica e interdisciplinar.

Relativamente aos candidatos, a tecnologia promove a procura de perfis transversais que contribuam com conhecimentos especializados como finanças, análises de dados e tecnologias de informação. Os profissionais orientados para objetivos e para o cliente interno são os mais procurados e, neste contexto, as competências de comunicação, organização e trabalho sob pressão são elementos muito valorizados.

O pacote salarial continua a ser um factor importante, mas não decisivo. Outros benefícios como a cultura e clima organizacional, oportunidades de formação, desenvolvimento e crescimento, bem como o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional são cada vez mais importantes na tomada de decisão.

Relativamente à remuneração, nas grandes empresas e multinacionais, um diretor de RH pode auferir entre 49 mil e 84 mil euros, enquanto nas PME e grupos nacionais a remuneração mais alta, para a mesma função, se situa nos 56 mil euros.

 

11. Retail: A tendência do sector em 2021 foi surpreendentemente positiva face ao que se previa no ano anterior, num setor que avança para a profissionalização. O início do ano foi ainda marcado por algum receio pandémico resultante de um segundo fecho de portas, mas com uma adaptação muito mais rápida que proporcionou a existência de uma retoma bastante mais acentuada depois disso. O consumidor é agora mais experiente na gestão omnicanal das suas compras e mais entendido sobre todo o processo. As empresas, no geral, encontram-se um passo à frente em termos de tecnologia e o objectivo será crescer, não só em termos de números como de estrutura.

A procura de profissionais com habilitações literárias a um nível mínimo de licenciatura e/ou com uma especialização profissional estratégica para o core business do negócio aumentou. A criação de Academias e/ou a facilitação de acesso a cursos do Ensino Superior é já uma realidade vivida por muitas empresas e um claro ponto de viragem para o sector. A procura de perfis hands-on, participativos na estratégia e visionários é também opção certa para qualquer nova incorporação. Da parte dos candidatos, a procura de melhores condições salariais e um maior equilíbrio vida pessoal/trabalho, em empresas com foco na sustentabilidade e na inclusão, são mais procuradas.

Nos cargos de direcção, um director-geral pode auferir até 160 mil euros, um diretor de compras 110 mil euros e nas funções de operações de retalho não alimentar, o Retail Manager pode ganhar entre 42 e 63 mil euros.

 

12. Shared Services Centres (SSC): Têm-se observado algumas mudanças no mercado de SSC devido ao sucesso alcançado pelos atuais players do mercado, o que tem gerado confiança e contribuído para a atração de investidores internacionais. Houve um aumento das responsabilidades técnicas, com a transição de funções estratégicas mais próximas do negócio. O scope de funções, o número de novos investidores que estão a surgir no mercado, os salários e a forma de reter candidatos, tem sido um dos maiores desafios do setor, caracterizado por uma forte competitividade. De acordo com a análise realizada, os salários neste setor mantêm-se estáveis, com as usuais exceções relacionadas com o domínio de idiomas como alemão, flamengo e holandês, entre outras. A remuneração de um Manager (Head of SSC) pode atingir os 140 mil euros, de Team Leader até 36 mil euros, enquanto um especialista Purchase-to-Pay pode auferir cerca de 25 mil euros.

 

13. Sales & Marketing: A área Comercial e de Marketing tem sido das mais afectadas face à pandemia, experienciando inúmeras alterações, mas continua a ser uma área de aposta e investimento. As posições de desenvolvimento de negócio, seja nacional ou internacional, continuam a ser bastante procuradas e, por sua vez, os perfis de Marketing evoluíram da comunicação tradicional para desempenhar um papel fundamental e estratégico. O Marketing Digital continua a crescer, estabelecendo-se como uma área autónoma e não apenas uma disciplina do Marketing.

A procura de profissionais cada vez mais diferenciados nas equipas de Vendas e de Marketing tem-se acentuado. Os recrutadores continuam a valorizar uma formação académica sólida, nomeadamente nas áreas de Gestão e Engenharia, e a experiência em contextos internacionais. O MBA sobretudo para funções de management permanece como uma mais-valia.

Continua a registar-se uma tendência de aposta por parte dos empregadores em profissionais mais juniores, com visão internacional, skills analíticos e idiomas, novas ideias e vivências diferenciadoras, preocupação com a sustentabilidade e apetência tecnológica, que além disso, têm mais capacidade de adaptação à cultura e dinâmica de cada organização.

É ainda importante salientar que apesar de este ser o foco central de recrutamento, também é aqui que as equipas de recursos humanos encontram maiores dificuldades de retenção de talento. Paralelamente, mantém-se a procura de candidatos que detêm uma experiência acumulada, mais sólida, pelo know-how, maturidade, nível de compromisso e estabilidade que oferecem.

Na área Comercial a procura recai na venda técnica e consultiva orientada para a satisfação e para a fidelização do cliente, independentemente do setor de atividade. No último ano, observou-se um aumento salarial nas funções comerciais generalistas, com o diretor comercial a liderar o topo da tabela salarial, com valores que podem chegar aos 92 mil euros. Nas funções ligadas ao marketing digital, o plafond máximo é de 84 mil euros para a função de coordenador.

 

14. Secretarial & Business Support: Nos últimos dois anos, observou-se uma mudança de paradigma das funções de suporte, nomeadamente com a adaptação ao trabalho remoto.

Em 2021 assistiu-se a uma crescente especialização dos perfis de Secretariado e Assessoria, assim como o retorno à necessidade de contratação de funções como recepcionista e Office assistant ou Office managers, devido à reabertura dos escritórios. Na área de Lisboa, constatou-se ainda a crescente necessidade na recente área de Paralegal.

Relativamente às tendências salariais, nos últimos anos, verificou-se uma crescente procura de perfis e competências administrativas por parte das organizações, justificada pela crescente aposta de empresas multinacionais em Portugal, que têm como referência salarial outros países com índices salariais superiores.

O dinamismo que se tem verificado no mercado de trabalho e a sucessiva escassez de recursos faz com que os salários tenham vindo a subir fruto das novas competências técnicas, comportamentais e experiência profissional.

Em termos de remunerações, como exemplo, a função de secretária de Presidência pode auferir até 42 mil euros por ano, seguindo-se a de Secretária de Administração com um máximo de 38 mil euros por ano.

 

15. Tax & Legal: Este ano, contrariamente ao habitual, o volume de pedidos por parte de empresas cresceu de forma bastante acelerada face ao volume de pedidos por parte de Sociedades de Advogados, numa ótica de redução de custos com a externalização de serviços. No caso das Sociedades, a aposta continua a ser a incorporação de perfis bastante séniores, com carteira de clientes relevante e com o objectivo de desenvolver ou criar departamentos de raiz.

Relativamente às áreas de prática, e também por oposição ao ano anterior, destacam-se com maior movimentação as de Corporate & M&A, Fiscal, Direito Público, Contencioso Civil, Direito Imobiliário, Laboral e Comercial. Destaca-se ainda uma acentuada procura de perfis juniores na área de Concorrência e Energia.

Por parte das empresas, manteve-se o interesse por perfis mais generalistas e versáteis, com background nas áreas de Corporate, Civil e Comercial, bem como algumas necessidades na área de Protecção de Dados.

Nas Consultoras o foco continua a ser nas três áreas tradicionais: Auditoria, Consultoria e Impostos. No momento de atração destes talentos, verifica-se uma grande tendência de procura de posições em Cliente Final, sendo valorizado um plano de carreira claro. Relativamente aos pacotes salariais, estes mantiveram-se estáveis, ainda que tenha existido alguma alteração na remuneração variável.

Relativamente ao mercado das Consultoras na área de Tax, a tendência verificada em 2019 voltou a registar-se, existindo uma elevada rotatividade nos diferentes departamentos, com a maior procura a verificar-se na posição de Senior, nas diferentes áreas, com clara ênfase na área de Corporate Tax.

Do lado dos consultores, a procura passa por transitar para o denominado “Cliente Final”, nomeadamente por questões relacionadas com o work/life balance. Como exemplos de remuneração, nas sociedades de advogados de pequena dimensão, a remuneração oscila entre 14.500 euros para um advogado estagiário e 78 mil euros para um advogado associado, nas consultoras, um director jurídico numa empresa média ou de grande dimensão pode auferir até 160 mil euros.

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