The Boyden Challenge já tem vencedor

Marco Faria, 36 anos, foi o vencedor do The Boyden Challenge, uma iniciativa organizada pela consultora de executive search Boyden com o objectivo de reforçar o posicionamento junto dos jovens líderes portugueses.

O profissional apresentou a resposta ganhadora à questão “Quais são as características que um líder de uma empresa deve ter em Portugal em 2013?”, conseguindo como prémio uma entrevista com Fernando Neves de Almeida, presidente da Boyden Portugal, com o objectivo de avaliar os pontos fortes e das áreas de melhoria do vencedor, fornecendo ainda orientação para o seu desenvolvimento profissional.

A resposta apareceu naturalmente a Marco Faria, que, para descrever a sua concepção de líder, preferiu recorrer à sua experiência pessoal e às suas memórias: «Quando queremos explicar o que é um líder, tendemos a ir buscar o que está longe de nós. Preferi olhar para o que está à minha volta. As minhas referências de líder são o meu avô ou o meu pai, por exemplo», apontando também como modelo Alexandre Soares dos Santos, chairman da retalhista Jerónimo Martins.

Licenciado em Comunicação Social pela Universidade do Minho, com formação em Direito pela Universidade de Lisboa e com um percurso profissional na área de comunicação e assessoria, Marco Faria encarou a experiência de ser entrevistado por Fernando Neves de Almeida como vantajosa em termos de desenvolvimento pessoal: «Conhecendo já quais são as minhas qualidades e as minhas fragilidades, vou delinear uma estratégia para tentar colmatar essas falhas e potenciar as minhas melhores características», considera Marco Faria.

O presidente da Boyden Portugal considera que a resposta de Marco Faria «sintetiza, de forma bem redigida e original, as principais características que um líder deve ter». E desafiado a apontar alguns factores essenciais para um bom líder em Portugal em 2013, sugere quatro: «Determinação, sentido de missão, optimismo e integridade. São factores imprescindíveis para qualquer líder, quer português ou não».

Leia a resposta de Marco Faria:

«Pululam notícias que nos anunciam o fim do mundo, mas um líder empresarial triunfa além do fim do mês. É visionário e exigente: concebe e executa uma estratégia. É onírico e resiliente: sonha e quer, ausculta e decide, pensa e age, estuda e persuade. Supera adversidades: burocráticas, comerciais e socio-mentais. Arrisca, move montanhas, atinge o infinito. Reinventa-se. Gere o custo de oportunidade – no papel de ser não-omnisciente, delega nos talentos de outrem. Multiplica a magia das palavras – rir é uma terapia catártica – socorre-se de um trocadilho, graça ou anedota. A consciência é a “domus” da ética e autocrítica. Reúne pormenores de humildade, e conquista a humanidade. “Bom dia!”, “Obrigado!”, “…se faz favor…” É um “homo technologicus”. É o protagonista dos sentidos: vê, ouve, toca, prova e cheira primeiro – o seu produto, marca, serviço, feito. Deixa um legado de sabor divino, como um vinho raro. Será vivificado – filho, irmão, pai, avô e bisavô, e fez-se líder. Excepcional.»