Trabalhar a partir de cafés não é produtivo
Em Portugal, a confidencialidade de documentos, o ambiente pouco profissional e clientes ruidosos são os principais motivos que levam as pessoas a perder o interesse em trabalhar a partir de cafés, segundo um novo inquérito da Regus a 26 mil profissionais, realizado em mais de 90 países.
Algo que contrasta com estudos anteriores da Regus, segundo os quais, 64% dos profissionais a nível mundial optaram por centros de negócios locais que lhes proporcionam um ambiente empresarial e produtivo.
O “trabalho a partir de cafés” faz agora as delícias dos especialistas em negócios. E parece tentador: Wi-Fi gratuito, um ambiente de “agitação” e o acesso permanente a um delicioso cappuccino. Será o café realmente um bom local a partir do qual trabalhar? Para descobrir a resposta, a Regus colocou a questão a profissionais na área dos negócios, em todo o mundo. A resposta é um “não” redondo. Todos reconhecemos que é óptimo poder ir ao café quando sai para espairecer e para adiantar trabalho, enviar alguns e-mails ou ter uma conversa rápida com um colega. No entanto, os inquiridos deixaram bastante claro que os cafés não podem ser a norma uma vez que não são produtivos, seguros ou profissionais.
Na lista de desvantagens de trabalhar a partir de um café, estão os companheiros e clientes ruidosos que prejudicam a produtividade e, como é óbvio, a ausência de impressoras, scanners ou o equipamento de escritório habitual, o que não facilita a tarefa. Os cafés também são vistos como locais a evitar para reuniões com clientes. A nível mundial, os baby boomers (60%) têm muito mais probabilidade de rejeitar os cafés para reuniões com clientes, por estes serem um cenário pouco profissional, do que a geração Y (48%), e consideram que é mais difícil concentrarem-se neste tipo de ambiente do que um jovem trabalhador. Os curiosos são considerados um problema, independentemente da geração.
Dados estatísticos
• Para os profissionais portugueses, as piores desvantagens de trabalhar a partir de um café são:
– Confidencialidade de documentos e conversas (80%)
– Local pouco profissional para ter reuniões com clientes (79%)
– Clientes ruidosos que perturbam as suas chamadas telefónicas (67%)
– Falta de acesso a equipamento de escritório (67%)
• 64% Afirma que as conversas de fundo também prejudicam a sua produtividade e 56% está preocupado com a necessidade constante de tomar conta dos seus pertences
• A nível mundial, os baby boomers (60%) têm mais probabilidade de considerar os cafés como locais não adequados para reuniões com clientes do que a geração Y (48%),
Nuno Condinho, Country Manager da Regus Portugal comenta: «Os especialistas em negócios da actualidade afirmam que trabalhar a partir de cafés se está a tornar muito popular e todos sabemos que uma ida ocasional ao café para beber um cappuccino acompanhado de um serviço de Wi-Fi pode dar muito jeito. No entanto, o nosso mais recente estudo mostra que, embora sirva para curtos espaços de tempo, trabalhar em cafés pode afectar seriamente a produtividade, independentemente da duração da tarefa. O nosso último estudo revelou que 72% das pessoas à escala mundial consideram que encontrar espaços de trabalho flexíveis os torna mais produtivos (isto, apenas num espaço de trabalho flexível e profissional), como demonstraram as opiniões dos inquiridos sobre a fraca produtividade gerada pelo trabalho a partir de cafés. Na Regus, recebemos frequentemente pessoas à procura de um espaço de trabalho mais flexível, após terem considerado que estas alternativas actuais não são adequadas ao seu dia-a-dia. Este estudo fornece provas concretas que apoiam a nossa experiência não científica. Não é possível obter um espaço de trabalho produtivo num ambiente de bolos e café».