Trabalhar mais não é sinónimo de maior produtividade
Estatísticas provam que trabalhar mais não significa trabalhar de forma mais eficaz.
Em vários países do Sul da Europa, incluindo Portugal, o desemprego tem vindo a aumentar mas mais a Norte, o panorama muda completamente, com a queda do desemprego, ou com taxas baixas, juntamente com a redução do número de horas trabalhadas.
Segundo o relatório Employment Outlook da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), existem duas razões para os trabalhadores passarem menos horas no trabalho: A primeira é que os trabalhadores a tempo inteiro passam mesmo menos horas no emprego. A segunda, é que o número de trabalhadores em part-time está a aumentar, influenciando assim as estatísticas, segundo o 24/7 Wall St..
Dos 10 países da OCDE com menos horas de trabalho, nove estão entre os países com mais trabalhadores em part-time. A Holanda lidera o número de empregados em part-time, com 37,2%, mais do dobro da média da OCDE.
Os países onde se trabalha menos horas também são dos países mais ricos da OCDE, onde se pagam os melhores salários e com as taxas de desemprego a caírem nos últimos anos ou a manterem-se estáveis.
Ranking países onde se trabalham menos horas
5 – Bélgica
– Média de horas semanais por trabalhador: 27,8
– Ordenado médio por hora: 31 euros
– Desemprego em 2011: 7,2%
4 – Áustria
– Média de horas semanais por trabalhador: 27,5
– Ordenado médio por hora: 29 euros
– Taxa de desemprego em 2011: 4,2%
3 – França
– Média de horas semanais por trabalhador: 26,8
– Ordenado médio por hora: 27 euros
– Taxa de desemprego em 2011: 9,3%
2 – Holanda
– Média de horas semanais por pessoa: 25,7
– Ordenado médio por hora: 34 euros
– Desemprego em 2011: 4,4%
1 – Alemanha
– Média de horas semanais por trabalhador: 25,6
– Ordenado médio por hora: 28 euros
– Taxa de desemprego em 2011: 6%