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Trabalho flexível é maior nas economias mediterrânicas
Um estudo da Randstad mostra que as relações de trabalho flexível prevalecem nos mercados do Sul da Europa. Conheça as razões.
As relações de trabalho flexível, conceito que abrange contratos a termo, trabalho de agência e auto-emprego, prevalecem nos países da Europa mediterrânica, Grécia, Itália, Portugal e Espanha, países com uma longa tradição de trabalho independente, explica o relatório da Randstad, Flexibility@Work.
O estudo, que pretende traçar um retrato do trabalho flexível na Europa, EUA e Japão, mostra que a percentagem de trabalho flexível nos países mediterrânicos foi, em 2012, de 35,2% de todas as relações de trabalho nesses países, face a 19,1% na Irlanda e no Reino Unido, 24% na Áustria, Bélgica, Alemanha e Holanda, e de 27,9% nos países emergentes do leste europeu.
O relatório sugere ainda uma correlação com a forma como o mercado de emprego é regulado com a prevalência de trabalho flexível: os mercados que são orientados pela legislação, o caso do Sul da Europa, ou os mercados emergentes «parecem permitir ou provocar trabalho mais flexível do que os mercados impulsionados pelo diálogo social», o caso dos países do Centro e Norte da Europa. Já os países mais orientados para o mercado, como a Irlanda e o Reino Unido, «apresentam percentagens menores de trabalho flexível», afirmam.
Relativamente a contratos a termo, um dos elementos estudados pela Randstad, especifica-se que, em Portugal, estes «perderam importância no início dos anos noventa, mas rapidamente se tornaram mais populares a partir de 1997. Hoje em dia, quase 20 por cento de todos os trabalhadores têm contratos a termo em Portugal», concluem.