40% das organizações criam emprego em I&D

40% das organizações criam emprego em I&DQuatro em cada 10 empresas aumentaram os recursos humanos afectos a tarefas de I&D e 37 por cento criou emprego em outras actividades.

Estas são algumas das conclusões do 8.º Barómetro do Financiamento da Inovação, promovido pela Alma CG junto de 4 320 empresas em 10 países, entre as quais 551 portuguesas. O estudo será apresentado dia 11 de Abril, em Lisboa, contando com a análise do professor Daniel Bessa, director-geral da COTEC Portugal.

Em 2013, no total dos 10 países, 25 por cento prevê aumentar os recursos humanos afectos a I&D e 29 por cento pondera gerar emprego noutras áreas. Em Portugal, a criação de emprego em I&D apresenta uma maior importância estratégica, com 28 por cento das empresas a preverem aumentar do número de efectivos nestas actividades.

51 por cento das empresas portuguesas estudadas atribui também aos financiamentos conseguidos na área da I&D, um impacto no crescimento da sua presença internacional, valor que se fica pelos 41 por cento nos 10 países. Mais de 20 por cento das empresas portuguesas fala mesmo de uma duplicação ou triplicação da sua presença externa.

Fontes de financiamento 

As empresas portuguesas estão muito dependentes do auto-financiamento e dos empréstimos bancários para financiarem as suas actividades de I&D, originando 79 por cento dos investimentos, valor que a nível internacional se situa nos 62 por cento.

O fim dos mecanismos de apoio à I&D e possíveis alterações aos sistemas de incentivo são aspectos receados pelas empresas portuguesas e internacionais analisadas. Nuno Tomás, Managing Director da Alma CG, salienta que «a importância do auto-financiamento e dos empréstimos bancários no financiamento da I&D é preocupante. A escassez de recursos próprios das empresas e as dificuldades em obterem financiamentos junto da banca, aumenta a importância dos mecanismos de incentivo, quer sejam de âmbito fiscal ou financeiro, que actualmente asseguram 19 por cento dos investimentos. Neste contexto, a percepção por parte das empresas de alguma instabilidade destes mecanismos poderá criar um sentimento de insegurança nos investimentos a realizar», referindo ainda que “a instabilidade percepcionada não é alheia às limitações inesperadas em termos de elegibilidade de projectos e montantes orçamentais.”

Atitudes, prioridades e desafios

Surpreendentemente, 80 por cento das empresas portuguesas estão optimistas quanto ao futuro sucesso dos seus projectos na área Inovação, optimismo que é no entanto menor que nas empresas estudadas a nível internacional, em que chega aos 84 por cento. Não obstante, este valor representa um aumento significativo face à edição anterior do estudo, em que apenas 68 por cento das empresas portuguesas manifestavam optimismo.

Inovar é a principal prioridade para as empresas nacionais inquiridas. Assegurar o desenvolvimento internacional e financiar o crescimento são outros elementos de destaque na estratégia de crescimento das empresas portuguesas.

Quanto aos desafios sentidos face às actividades de Inovação, gerir eficazmente os recursos internos e externos alocados à Inovação é o principal focus das empresas, dando também uma grande importância à avaliação correta das necessidades de I&D, com a definição de eixos estratégicos a serem seguidos interna e externamente.

 

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