45,5% das empresas pretende contratar
A empresa de recrutamento Hays Portugal inquiriu 650 empresas e 3500 profissionais para o seu “Guia do Mercado Laboral 2013”.
A crise parece não intimidar as empresas na sua vontade de crescer e contratar, mas está a mudar a forma como estas recrutam. Processos de selecção mais demorados e refinados, revelam um mercado onde é importante recrutar a pessoa certa para o cargo.
O clima é de austeridade, mas as empresas portuguesas continuam a desbravar caminho, tendo sobretudo como meta a expansão para novas geografias. Um esforço de conquista de mercado que está a levar quase metade (45,5%) das empresas inquiridas pela Hays Portugal na sua análise às perspectivas do ao mercado laboral em 2013, a assumir a intenção de recrutar novos valores para as suas equipas este ano.
Neste esforço de contratação saem beneficiados os perfis ligados à área comercial (sobretudo os especializados em mercados de exportação), as tecnologias de informação (30,3%), engenharia (25,5%), perfis administrativos e de suporte (17,6%), marketing (12%) e financeiros (12%).
Segundo o estudo da Hays, «a larga maioria dos inquiridos (80,4%) dá mais valor à experiência profissional do que à formação académica no processo de recrutamento». Contudo, de uma lista de 20 factores que podem determinar a escolha de um candidato 66,6% dos empregadores escolheram a proactividade e o dinamismo como a característica que mais pesa na decisão final, logo seguida da capacidade de adaptação e polivalência, capacidade de trabalho, apetência para trabalhar em equipa, sentido de ética e valores e do potencial de crescimento do candidato.
De acordo com o inquérito da Hays, 76% dos profissionais inquiridos confirmam total disponibilidade para aceitar ofertas de emprego internacionais privilegiando os destinos europeus e o continente americano. E apesar da adversidade do país, 78% dos profissionais que responderam ao inquérito consideram mudar de emprego este ano, sendo que mais de 60% estão activamente à procura de novos desafios profissionais. Entre os principais motivos desta vontade de mudança estão as perspectivas de progressão e remuneração (60,5 e 55,4% das respostas), a satisfação profissional (47,1%), a qualidade ou importância do projecto (30,6%) e a vontade de sair de Portugal (26%). Por oposição a este último parâmetro, está o facto de 65% dos portugueses que trabalham no estrangeiro demonstrarem vontade de regressar ao País.