60% dos trabalhadores em Portugal têm benefícios flexíveis, revela estudo

“O estado da compensação 2021-22 – um estudo sobre o futuro do trabalho e o trabalho do futuro” da Coverflex, em parceria com a APG, mostra que seis em cada 10 trabalhadores em Portugal têm benefícios flexíveis, dos quais 48% trabalha em regime presencial, 25% remotamente e 18,9% em regime híbrido.

Considerando factores como a diversidade de género, as mulheres revelam ter menos acesso a benefícios flexíveis (32,2% das mulheres não tem acesso a benefícios flexíveis vs 22,6% dos homens), e recebem, em média, valores mensais mais baixos em compensação flexível do que os participantes do sexo masculino (mulheres recebem, em média, 185,95, contra 259,69 euros no caso dos homens).

A maioria dos participantes no estudo trabalha em regime híbrido (428) ou remoto (186). Os trabalhadores mais novos (18-24 anos e 25-34 anos) são os que mais estão em regime de trabalho remoto. Sendo uma tendência, oito em cada 10 participantes no estudo não têm acesso a um orçamento para trabalho remoto.

Quase seis em cada 10 inquiridos (59,3%) gostavam de experimentar trabalhar 40 horas semanais distribuídas por apenas quatro dias da semana. Em contrapartida, 30% dos participantes no estudo gostava de testar uma lógica mais reduzida de trabalho de 32 horas semanais, mesmo que isso pudesse significar um corte de salário. De acordo com os inquiridos, apenas 11% dos trabalhadores prefere a solução clássica de 40 horas de trabalho distribuídas por cinco dias úteis.

O estudo revela que apenas 8% dos participantes considera que as organizações “raramente” ou “nunca” respeitam formas diferentes de ser ou de pensar, mas até neste aspecto as diferenças de género são marcantes: quatro em cada 10 homens (38,4%) sentem-se sempre respeitados nas suas diferenças, enquanto apenas duas em cada 10 mulheres sentem o mesmo (23,5%). O nível percepcionado de respeito constante face à diversidade é muito superior em trabalhadores remotos (40%) face ao regime híbrido (33%) e, especialmente, ao regime presencial (15%).

“Despesas com educação e formação”, “despesas de saúde e bem-estar” e “despesas com tecnologia” são os benefícios flexíveis mais usados pelos participantes no estudo. Os benefícios mais desejados pelos inquiridos são, por outro lado, as “subscrições (Netflix, Spotify, etc.) (35,3%), produtos de “poupança e reforma” (35%) e “despesas de saúde e bem-estar” (30,7%).

Se tivessem a possibilidade de escolher entre um salário bruto de 25 mil euros anuais ou um salário bruto de 21 mil euros anuais mais cinco mil euros em benefícios flexíveis (valores que representam o mesmo custo aproximado para a empresa no que respeita à despesa com o colaborador), 55,7% dos participantes optaria pela modalidade de salário e benefícios. Apenas 10% dos participantes admite não ver vantagens associadas a uma política de benefícios flexível.

O estudo, uma iniciativa da Coverflex, solução de compensação flexível que permite às empresas reduzir os custos e maximizar o potencial de rendimento dos seus colaboradores, juntou esforços com a Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG) para lançar, esta semana, o primeiro “O estado da compensação 2021-22 – um estudo sobre o futuro do trabalho e o trabalho do futuro”, apenas dedicado ao mercado português.

Realizado entre 18 de Outubro e 9 de Novembro, o estudo “O estado da compensação 2021-22” é uma iniciativa da Coverflex, com o apoio da APG. O inquérito contou com a participação aberta e gratuita de 814 pessoas, colaboradores de empresas de todo o país.

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