63% dos trabalhadores querem alternar entre diferentes locais de trabalho no futuro

A pandemia COVID-19 criou uma mudança nos padrões de trabalho e de vida. Os colaboradores adaptaram-se ao trabalho em casa em conformidade com as directrizes de saúde e segurança e revelaram uma preferência por maior flexibilidade e novas formas híbridas de trabalho.

 

O barómetro da JLL, realizado em 10 países e a 3317 pessoas, apresentou algumas conclusões sobre o que os trabalhadores de escritório sentem sobre o seu trabalho em casa e como isso afecta as suas prioridades no desempenho e bem-estar e o que querem em termos de futuro do trabalho.

1. Um escritório excepcional é a melhor forma de envolver os colaboradores
A “nostalgia do escritório” é enorme em escritórios excepcionais. Para ajudar os colaboradores a saírem da crise, o escritório desempenha um um papel importante.

De acordo com o barómetro da JLL, 69% das pessoas altamente satisfeitas com o seu ambiente de escritório sentem fortemente a falta do seu escritório, ao passo que este valor é de apenas 5% entre aqueles que não estão totalmente satisfeitos com o seu ambiente de escritório habitual.

 

2. À medida que as pessoas sentem cada vez mais falta da “vida no escritório”, o cansaço de trabalhar em casa cresce
Em contraste com Outubro passado, os colaboradores aspiram a padrões de trabalho mais equilibrados. Segundo o barómetro da JLL, 63% dos trabalhadores querem manter a possibilidade de alternar entre diferentes locais de trabalho no futuro.

Três dias por semana no escritório é a nova preferência dos colaboradores, com dois dias por semana de distância, 1,5 dias em casa e meio dia num terceiro local.

 

3. A produtividade em casa está em declínio, aumentando as expectativas renovadas dos colaboradores de voltarem ao escritório. Os “escritórios para propósitos” são o novo futuro.
O mesmo barómetro mostra que 37% da mão-de-obra sente-se mais produtiva em casa do que no escritório actualmente, em comparação com 48% em Abril de 2020.

Já 47% dizem estar actualmente satisfeitos com o seu escritório. Esta é uma grande queda em comparação com 63% de satisfação registada há um ano. O escritório necessita de uma remodelação profunda para corresponder às novas expectativas dos colaboradores.

 

4 – A flexibilidade nos padrões de trabalho tornou-se “obrigatória” no pacote dos colaboradores
O equilíbrio trabalho-vida pessoal é agora a prioridade número um dos trabalhadores, à frente do salário. É um “efeito de ajustamento” da pandemia.

O barómetro revela que 79% do tempo poupado nas deslocações foi usado para melhorar a qualidade de vida, permitindo mais tempo de lazer ou permitindo que as pessoas lidem com as suas responsabilidades familiares. E 88% da força de trabalho gostaria de ter horários de trabalho mais flexíveis no futuro.

 

5 – Não se trata apenas de gestão do tempo, trata-se também de interacção social.
Enquanto trabalham a partir de casa, as pessoas sentem-se presas num “dia sem fim” e desconectadas. De acordo com o estudo, 61% da força de trabalho anseia por interacções humanas “reais” com os colegas e 52% sentem a falta de uma mudança de cenário.

 

6 – O trabalho à distância de longa duração esconde um pesado custo social e mental.
Os trabalhadores têm mais expectativas de que as empresas apoiem a sua saúde física, mental e social. 48% dos trabalhadores sentem-se hoje sobrecarregados por uma enorme carga mental e 58% consideram os programas de saúde e bem-estar como o elemento-chave que tornará o seu empregador único a longo prazo.

 

7 – Os perfis sociodemográficos e domésticos são determinantes na experiência do trabalho em casa e do estado de espírito dos trabalhadores.
As políticas de trabalho flexível devem considerar fortemente as necessidades da geração Z, de pais e de cuidadores jovens, que estão particularmente em risco. O barómetro indica que 57% da geração Z sente-se sob pressão; metade está preocupada com o seu emprego e 57% – dos jovens pais sentem-se sobrecarregados por uma enorme carga mental.

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