80% dos gestores portugueses tem dificuldade em recrutar o talento adequado e reter pessoas-chave

O CEO Survey 2021 da Stanton Chase Portugal revela que ao nível da gestão de pessoas, e apesar do impacto da pandemia, as maiores dificuldades referidas pelos CEO’s portugueses estão em linha com os anos anteriores, sendo o recrutamento do talento adequado (53%), o incentivo à motivação e compromisso dos colaboradores (35%) e a retenção de pessoas-chave (27%) as mais mencionadas.

 

Paralelamente a esta visão, os gestores salientam que as competências a desenvolver centram-se na adaptação à mudança, criatividade e inovação com 50%, no aumento das aptidões relacionais (soft skills) com 48% e nas competências de liderança com 44%.

Face a 2019, realça-se a subida de seis pontos percentuais das competências relacionais (soft skills) e a descida de 8 pontos percentuais das competências de liderança.

O estudo mostra também que os executivos portugueses apresentam um nível de expectativas sobre a evolução da economia e dos negócios das suas empresas muito similar a 2020 e 2019. Embora positivos, os resultados estão claramente abaixo (cerca de 40%) do período de 2015 a 2018, indiciando que depois de um período de expectativas elevadas, existe desde 2019 um claro desencantamento.

O mesmo estudo indica um ligeiro acréscimo face ao ano de 2020 das expectativas para os próximos dois anos no que se refere à evolução da economia Portuguesa (de 61 para 66%) e da evolução do respectivo sector (de 70 para 74%). Já no que diz respeito à evolução dos negócios da própria empresa existe um decréscimo de 75 para 73%.

Os três factores internacionais que mais poderão ajudar a economia portuguesa são os programas de vacinação COVID-19 (82%), os pacotes financeiros de recuperação (Bazuca) vindos da União Europeia (68%) e ainda a rápida retoma da procura nas economias mais afectadas pela pandemia (58%).

Relativamente às principais linhas de orientação de negócio das suas empresas para o presente ano, os gestores revelam bastante menos ambição que nos anos anteriores. A expansão desce de 57% para 43%, a internacionalização de 20% para 18%, subindo a manutenção de 22% para 30% e reestruturação / downsizing de 7% para 15%.

O CEO Survey 2021 decorreu em Fevereiro e teve a participação de perto de duas centenas de CEO’s, General managers e Country managers.

Este estudo, a decorrer pelo décimo ano consecutivo, visa contribuir para um maior conhecimento sobre a realidade portuguesa, bem como auscultar as preocupações dos líderes e gestores empresariais numa perspectiva corporativa, mas também pessoal.

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