Quer ser mais do que um “programador tarefeiro”? Esta oportunidade é para si
A tecnológica luso-alemã Critical TechWorks lançou, esta segunda-feira, uma campanha intitulada «Free the Code Monkeys». Defendendo que os programadores precisam de liberdade para crescer, pretende consciencializá-los para o impacto que podem ter nos projectos das suas empresas e, assim, atrair o melhor o melhor talento.
É a partir deste movimento que a empresa quer libertar todos os «Code Monkeys», ou seja, profissionais de desenvolvimento de software que se assemelham a trabalhadores de uma linha de montagem. «Não queremos, tal como nenhuma empresa deveria querer, ter colaboradores que apenas contribuem com mão de obra. Acreditamos no engenho e na criatividade do talento em Portugal e estamos activamente à procura de pessoas capazes de pensar de forma diferente», afirma Rui Cordeiro, CEO da Critical TechWorks.
Assim, a campanha vem ao encontro de duas necessidades: «De estimular os recursos humanos portugueses na área tecnológica, mostrando-lhes que podem ser mais do que apenas trabalhadores de uma linha de montagem, e de posicionar a Critical TechWorks como uma empresa atractiva para esse talento, onde o desafio é constante e o impacto de cada colaborador é real».
«Parte das pessoas que trabalha nesta área não conhece outra realidade sem ser a de desempenhar tarefas que lhes são impostas», faz também notar André Filipe, responsável de Recursos Humanos (RH) da Critical TechWorks, em entrevista à Human Resources Portugal.
Para o responsável, é necessário «libertar o talento nas áreas das tecnologias de informação que está escondido ou retido em empresas que não estimulam e aproveitam a 100% a capacidade destes profissionais». «Queremos também que o talento português desta área saiba que existem empresas prontas a estimulá-los e onde é possível utilizarem o seu potencial na totalidade e desenvolverem projectos gratificantes», refere.
Numa primeira fase, foi lançado um website e um manifesto, disponível aqui. Seguem-se, depois, outras iniciativas que serão conhecidas nas próximas semanas.
A luta pelo talento
Recorde-se que, a Critical TechWorks, joint venture entre a multinacional portuguesa Critical Software e o grupo automóvel alemão BMW, foi criada com o objectivo de desenhar os automóveis BMW do futuro, melhorar a experiência dos condutores dentro e fora do carro, e apoiar o grupo alemão na sua transformação digital.
Este mês, celebra um ano de existência, tendo conseguido atrair 500 colaboradores. Mas, o objectivo é fechar 2019 com 600 profissionais e, até Dezembro do próximo ano, ter uma equipa com mil pessoas dispostas a explorar novas tecnologias na construção do carro e da mobilidade do futuro. «Estamos a desenhar a experiência do condutor do futuro – dentro e fora do carro, desde o processo de compra à condução do veículo próprio –, a optimizar processos de fabrico e a moldar o futuro da mobilidade», explica André Filipe.
Para cumprir esta missão, continua o responsável de RH, «procuramos essencialmente pessoas capazes de pensar fora da caixa» e «acreditamos, e temos provas disto nos colaboradores da nossa equipa, que os programadores, sejam eles juniores ou séniores, são capazes de participar em todas as fases de um projecto, desde o conceito à sua realização». «Precisamos de pessoas que não tenham medo de investigar e de conceber soluções que ainda não existem no mercado e que tenham vontade de desenvolver novas competências e aperfeiçoar as que já têm», acrescenta.
Com vista a alcançar a meta, a empresa está já a trabalhar em várias frentes, nomeadamente na atracção e retenção do talento. Existe, por exemplo, uma equipa totalmente dedicada à definição e implementação da cultura organizacional – que integra o colaborador desde o primeiro momento em que entra na empresa –, assim como à criação de mecanismos que assegurem o bem-estar e felicidade dos colaboradores.
E o bem-estar também passa pelos espaços de trabalho, pensados para incentivar a criatividade e promover a interacção entre equipas. No início deste ano, em Março, a Critical TechWorks inaugurou um novo escritório na zona de Entrecampos, em Lisboa, e tem previstas novas instalações no coração do Porto, nos Aliados, para breve.
«Estas estratégias orientadas à felicidade dos colaboradores acabam por ter impacto no factor recomendação, o que é bastante importante para nós e vemos como um reconhecimento daquilo que temos construído no último ano», destaca André Filipe. Revela também que, no último inquérito de satisfação anónimo, 96% dos participantes afirmaram que recomendariam a Critical TechWorks a colegas e amigos da área.
A empresa tem também apostado na captação de talentos internacionais, de modo a criar equipas multiculturais e multidisciplinares, contribuindo assim para o crescimento não só da Critical TechWorks, mas também de Portugal enquanto um hub tecnológico de excelência. E em 2020 continuará a apostar nesta frente, reforçando a sua presença em alguns dos principais eventos do sector tecnológico. «A nossa marca no Grupo BMW vai ser cada vez mais visível e é algo de que os nossos colaboradores se orgulham», salienta.
Quanto ao futuro, constata que «a indústria automóvel é altamente competitiva», antecipando que os próximos anos venham a ser de grande transformação para o sector.