Governo vai estender regime de lay-off no pós-pandemia? Saiba o que está em cima da mesa

O ministro da Economia e da Transição Digital admitiu que as medidas de apoio ao emprego poderão ser prolongadas para lá da fase mais crítica da pandemia de Covid-19.

 

«Tenho a convicção de que a nossa retoma, por ser gradual, vai obrigar-nos a manter algumas medidas, talvez já não com este desenho», para «permitir, por exemplo, às empresas manter alguns trabalhadores em lay-off e retomando a actividade económica e fazer uma redução temporária da actividade e retomar depois», afirmou Pedro Siza Vieira, ouvido nesta terça-feira na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, sublinhando que «são conversas que estamos a ter no sector Industrial».

«Muitas empresas dos sectores industriais estão a ter encomendas, mas não têm a certeza que sejam continuadas. Por isso, as questões são: ‘Podemos levantar o lay-off relativamente a um conjunto de trabalhadores e depois voltar a colocá-los?’ É o desenho que estamos a fazer para esta fase de transição», explicou Siza Vieira.

As medidas de apoio às famílias e empresas têm, segundo o governante, um impacto orçamental superior a 2,7 mil milhões de euros em apenas um mês.

 

Empresas já pediram 4,8 mil milhões ao Estado

Quanto às linhas de crédito criadas em função do enquadramento específico que Bruxelas definiu para os auxílios de Estado na modalidade de empréstimos garantidos pelos Estados-membros, com um valor de 16.2 mil milhões de euros, já foram apresentados pedidos de crédito no valor de 4,8 mil milhões de euros, cerca de 21648 pedidos, estando já aprovados 558 milhões de euros.

«Espero que nos próximos dois dias estes pedidos de garantia possam ser também adicionais e processados, desde que se encontrem devidamente instruídos», salientou o ministro.

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