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Ocupação de escritórios em Lisboa cai 82% em Maio
Em Maio, a ocupação de escritórios em Lisboa caiu 82%, para 5.271 metros quadrados (m2), face a Abril e 70% em termos homólogos, no primeiro mês com impacto visível desde o início da pandemia, foi hoje divulgado.
No entanto, de acordo com o último Office Flashpoint da consultora imobiliária JLL, a actividade acumulada do mercado de Lisboa, entre Janeiro e Maio deste ano, mantém-se 11% acima de igual período do ano passado, atingindo os 78.961 m2, mesmo integrando os cerca de três meses de confinamento.
Para a head of Office & Logistics Agency & Transaction manager da JLL, Mariana Rosa, «esta travagem mais vincada da actividade em Maio era expectável».
E acrescentou «A dinâmica de ocupação só não se ressentiu mais cedo porque nos dois meses anteriores já sob efeito do confinamento ainda se notou o impacto de operações que estavam a ser negociados antes desta circunstância».
«Obviamente que numa situação em que toda a economia e as empresas foram obrigadas ao confinamento, o mercado não sai imune», lê-se em comunicado.
O mesmo aconteceu no Porto, onde a absorção acumulada (Janeiro a Maio) está 10% acima do valor do ano passado, situando-se nos 22.547 m2 tomados, embora este mercado, ao contrário do de Lisboa, tenha vindo a registar níveis baixos de actividade desde o princípio da pandemia de COVID-19, salienta a consultora imobiliária.
Em Maio, a ocupação de escritórios no Porto atingiu os 1.834 m2, uma queda de 68% em termos homólogos, mas exibiu um crescimento de 17% face ao mês anterior.
O mercado de Lisboa, por sua vez, contabilizou 11 operações no mês passado, uma procura marcada por áreas pequenas e sem registo de operações acima dos 1000 m2, sendo que neste mês, a área média ocupada recuou para os 479 m2, ficando a maior operação em 912 m2.
O sector de “Serviços a Empresas” foi o responsável pela maioria da absorção, com uma quota de 26%, seguida pelos sectores de “Outros Serviços” e “TMT’s & Utilities”, ambos com 22%.
Nos primeiros cinco meses deste ano, contabilizam-se 48 operações, representando uma área média de 1645 m2, refere a consultora imobiliária.
Em termos de procura, as empresas de “Serviços Financeiros” são as mais dinâmicas com 44% da absorção acumulada na capital portuguesa.
No Porto, em Maio, registaram-se três operações, embora apenas uma concentre mais de 95% do volume, ficando a área média do mercado nos 611 m2.
Esta operação, com cerca de 1700 m2, foi registada na zona 6 (Matosinhos), representando 97% da actividade mensal, com as empresas dos “Serviços Financeiros” a dominarem o mês de maio.
Nos primeiros cinco meses deste ano foram contabilizadas 20 operações com uma área média de 1127 m2, evidenciando-se a zona 1 (CBD Boavista), com 35% da absorção de área de escritórios.