COVID-19 faz quadruplicar número de faltas ao trabalho
Entre a primeira e a segunda semana de Março deste ano, as ausências semanais ao trabalho aumentaram devido às medidas iniciais dos governos contra a propagação da COVID-19. O número de faltas aumentou de forma mais acentuada nas semanas seguintes, em consequência das medidas contínuas de contenção. Os dados são do Eurostat.
Segundo o Gabinete de Estatística da União Europeia, o número de pessoas que faltou ao trabalho foi quatro vezes superior no final de Março, face ao início daquele mês, uma vez que as ausências semanais passaram de 10,8 milhões na semana para 41,2 milhões.
Em comparação com o ano anterior, o número de faltas na última semana de Março de 2020 aproximou-se dos picos sazonais observados em meados de Agosto e final de Dezembro de 2019, onde 53,4 milhões e 51,9 milhões de pessoas, respectivamente, faltaram ao trabalho.
Em Portugal esta tendência confirma-se, a semana de 23 a 29 de Março (a última para a qual há dados disponíveis) foi aquela onde mais pessoas faltaram ao trabalho, com um total de 1,2 milhões de ausências semanais, um número que coloca o país em oitavo lugar nessa semana, com maior número de faltas.
Comparando com o inicio do ano, na semana de 20 a 26 de Janeiro, quando a pandemia ainda não se fazia sentir, Portugal contava apenas com 224 mil faltas ao trabalho, um número que oscilou entre os 184 mil e os 332 mil nas semanas que se seguiram, disparando para os 985 mil, na semana de 16 a 22 de Março e depois para o maior aumento já referido, na semana seguinte.