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O que distingue um workaholic de um profissional de alto desempenho?
Para aumentar os resultados e o sucesso profissional, inevitavelmente, é preciso trabalhar. Porém, isso não significa trabalhar muito, mas, sim, de forma inteligente, com grande produtividade, aprendendo novas metodologias e, principalmente, novos comportamentos.
Superficialmente, é fácil confundir alguém de alto desempenho com um workaholic, explica o site catho.com. Ambos podem trabalhar bastante, ter um elevado alto compromisso e levar trabalho para casa, mas existem características clássicas que os diferenciam e os tornam profissionais muito diferentes.
Workaholics precisam de validação. Profissionais de alto desempenho conhecem o seu valor
Os workaholics acreditam que o seu desempenho está relacionado directamente com a sua capacidade de consumir tempo em actividades profissionais. Não sabem como agregar valor e nem quais são as actividades mais importantes, preferindo actuar na maior quantidade de questões possíveis. Como os seus resultados podem não ser tão expressivos, é comum aos workaholics a procura constante por validação sobre as suas decisões e acções, além de se venderem mais do que o necessário.
Por outro lado, os profissionais de alto desempenho conhecem o seu valor, sabem o que precisam de fazer para melhorar os resultados da empresa e têm grande clareza nas suas prioridades. Tendem a ser mais discretos e, num ambiente profissional de baixa maturidade, podem ter as suas acções questionadas porque nunca estão envolvidos com assuntos críticos. Afinal, geralmente resolvem os riscos antes que estes apareçam.
Workaholics desperdiçam energia. Profissionais de alto desempenho equilibram as suas rotinas
Alto desempenho não está directamente relacionado com o consumo de 100% do seu tempo e alguns profissionais sabem disso. Top performers actuam em ritmos alternados de alta intensidade (quando existe uma questão que realmente necessita de maior envolvimento) e momentos de estabilidade. Este funcionamento assemelha-se ao dos maratonistas que sabem quando devem diminuir o ritmo para concluir a corrida sem maiores problemas.
Já workaholics sentem-se incomodados se não derem o seu máximo todos os dias. Na cabeça deles, o desempenho está associado a quantidade de horas extras realizadas. Todos, em algum momento da carreira profissional, caem nesta armadilha, sentindo insegurança e inadequação quando não estão atolados de problemas. Dedique energia onde realmente é necessário e evite um possível burnout.
Workaholics não sabem dizer não. Profissionais de alto desempenho protegem as suas prioridades.
Quer identificar um workaholic? Basta ver como ele responde às questões da sua equipa. Eles agem como super heróis, tentando resolver todos os problemas, invadindo problemas que não estão relacionadas com as suas responsabilidades e enfiando os pés pelas mãos para mostrar o quão bons eles realmente são. Se por um lado isso pode ser “bem visto” por alguns líderes, no geral, este comportamento é muito nocivo para toda a empresa.
Já profissionais de alto desempenho têm uma clareza impressionante sobre o que são as prioridades para os seus papéis e para a empresa. Desta forma, colocam-se sempre em primeiro lugar e não se sentem incomodados em negar pedidos de ajuda. O nível de confiança deste tipo de profissional é tão alto que ele sabe que negar um apoio pontual será o melhor para a empresa no médio e longo prazo.
Workaholics priorizam o trabalho. Profissionais de alto desempenho respeitam as diferentes áreas da sua vida.
Todos, em algum momento, já sentimos dificuldade em dar atenção a todas as diferentes áreas da vida. Cumprir os prazos e pressão do trabalho, juntamente com aniversários da família e as exigências dos filhos pode ser uma tarefa altamente complexa. Mesmo assim, profissionais de alto desempenho encaram este desafio e procuram o equilíbrio sem se deixar abater.
Workaholics procuram o caminho mais fácil. Numa grande exigência de trabalho, simplesmente priorizam as suas questões profissionais. Workaholics costumam utilizar frases para justificar a sua incapacidade de lidar com a alta complexidade da vida: “Mas omeu trabalho precisa de mim”, “Se eu não fizer, ninguém fará”, etc.
Aprender a respeitar os diferentes momentos da sua vida permite que a mente e o corpo respondam com maior eficiência às dificuldades e adversidades as quais somos submetidos. O trabalho é apenas uma engrenagem de um grande e complexo máquina que é a vida.