Conversas sobre Employer Brand: O sector das Tecnologias da Informação em destaque

Nunca as tecnologias da informação (TI) estiveram tão presentes nas nossas vidas. Este ano, o sector passou a ser o mais atractivo para trabalhar, mas não está isento das dificuldades de encontrar talento. Por isso mesmo, a formação ganha maior destaque como resposta à escassez de perfis. Para conhecer melhor os desafios deste sector, a Randstad reuniu para uma mesa redonda de debate Rita Xavier, directora de Recursos Humanos da Nokia, Pedro Henriques, director de Recursos Humanos da Siemens, Fernando Rodrigues, director executivo da Axians e Pedro Sousa, sales & operations director de Outsourcing da Randstad Portugal.

No estudo Randstad Employer Brand Research 2021, recentemente divulgado, o sector das TI ocupa o 1º lugar em matéria de atractividade para trabalhar. No top 3 de EVP (Employer Value Proposition) encontra-se em primeiro lugar o crítério de saúde financeira, que é o 6º da preferência global dos portugueses; em segundo lugar, o critério de boa reputação, que é o 16º mais importante para os portugueses; e em terceiro lugar o critério de Covid-19 local seguro para trabalhar, o 8º de maior relevância para a generalidade dos inquiridos no estudo da Randstad. Neste sector, a empresa mais atractiva para trabalhar é a Nokia.

Se tiver interesse em conhecer o estudo na íntegra, solicite aqui.

Em destaque:

  • A atractividade do sector das TI para trabalhar já é uma tendência na Europa, mas só este ano o sector atinge o 1º lugar em Portugal. Com a pandemia, ficou visível o caminho que era necessário fazer. Se antes este sector não tinha tanta visibilidade para a sociedade, de repente ficou mais exposto.
  • A digitalização provocada pela pandemia fez com que as empresas e a sociedade olhassem para o sector de forma diferente e o valorizassem muito mais em termos de carreiras profissionais.
  • No entanto, este processo de digitalização não começou com a pandemia. Os desafios já estavam em cima da mesa, e a pandemia “empurrou-nos” cinco anos para o futuro.
  • Para quem trabalha no sector a grande atractividade já estava presente. O que a pandemia alterou foi a percepção externa porque a tecnologia permitiu trabalhar de uma maneira que não pensámos que seria possível.
  • O sector das TI tem vindo a crescer do ponto de vista da atractividade para trabalhar, embora seja sempre assinalado como um sector onde os principais argumentos são muito focados em grandes empresas e startups. Outros factores que tornam o sector atractivo são a progressão na carreira e o pacote de benefícios, por exemplo.
  • O sector de TI é atractivo, mas existe uma escassez de talento que no último ano se tornou evidente. As empresas de TI actuam hoje num mercado de trabalho mundial, com empresas a recrutar local e internacionalmente. O sector aposta muito no upskill e no reskill, havendo cada vez mais pessoas de outros sectores a procurar as TI.
  • Esta carência de profissionais também se reflecte na retenção. No início da pandemia houve menos profissionais a sair dos seus postos de trabalho, mas pouco tempo depois o mercado tornou-se novamente muito dinâmico.
  • A aposta na formação é fundamental para aquisição e actualização de conhecimentos no sector. Áreas como o 5G, o data science, a digitalização, a robotização e a Internet of Things são algumas daquelas onde se aposta mais em formação.
  • Em algumas empresas do sector, o teletrabalho é uma realidade há muito tempo. O que a pandemia fez foi forçar um regime que antes era opcional e torná-lo diário.
  • O mundo do trabalho mudou para um conceito híbrido, presencial e remoto. Vamos passar a ter mais robotização e menos escritórios, sendo que estes se tornarão mais pequenos e espalhados por todo o País. Vamos ter equipas em que um dos colegas será um robot.

Assista aqui à mesa redonda de debate:

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