Assista agora, em exclusivo: Joana Queiroz Ribeiro numa conversa com António Caeiro sobre o futuro do pós-pandemia
Em mais um episódio da série de conversas “O Admirável Mundo Novo”, da Human Resources Portugal, Joana Queiroz Ribeiro, directora de Pessoas e Organização da Fidelidade, entrevista António Caeiro, doutor em Filosofia Antiga e professor da NOVA FCSH.
Por Paulo Mendonça
António Caeiro é professor universitário há 31 anos e um eterno estudante de todas as áreas relacionadas com a Filosofia. Acredita que um professor nunca envelhece e é sempre um iniciante, tal como os seus alunos. É também um amante das artes marciais e afirma que um ginásio destas modalidades é um «laboratório sociológico».
No contexto pandémico em que vivemos, fala-se cada vez mais sobre o futuro como uma novidade que aí vem, e isto acontece frequentemente depois das crises: ambicionamos um novo futuro sem nos importarmos de olhar para o passado. Sobre esta questão, António Caeiro diz que esta procura pela novidade surge por estarmos numa situação de ruptura, que é aquilo que caracteriza uma qualquer crise. Todos passamos por traumas e, nesse sentido, a novidade corresponde à tentativa de nos desligarmos dos fantasmas do passado. As possibilidades perdidas do passado tendem a ter mais expressividade do que as possibilidades do presente. E o que as pessoas querem é um horizonte límpido, sem ficarem reféns daquilo que lhes aconteceu. É por isso que existe essa busca pela novidade, porque não existe um desejo de continuidade, mas sim de ruptura com o passado.
Existe ainda a ideia de que devermos olhar para esta crise como uma oportunidade para sermos melhores pessoas. Será que esta ideia faz sentido? António Caeiro considera que cada caso é caso e que a resposta colectiva a uma crise não se perfila imediatamente. A sensibilidade com que são recolhidos os impactos da pandemia depende de cada pessoa consoante a sua idade, posicionamento na vida e eventos deste período de tempo que lhe afectaram directamente.
Veja aqui a conversa com Joana Queiroz Ribeiro, na íntegra: