Siteware: Transformação digital das organizações, os processos e a cultura
De que formas a transformação digital está a ter impacto na cultura e nos contextos das diferentes organizações.
Habitualmente as organizações e os seu gestores olham primordialmente para a transformação digital com especial foco na optimização dos seus processos, em todos eles, por toda a cadeia de valor e em todas as suas interacções nas e através das quais consigam acrescentar valor pela eficiência digital, tornando a informação mais acessível, a execução mais rápida e os registos automatizados para uma mais ágil evidência futura.
Ok, todos concordamos que a transformação e optimização digital têm exatamente esse mesmo objectivo de obter ganhos de eficiência nos seus processos, fazendo mais rápido, potencialmente mais barato e idealmente com maior qualidade. No entanto, consideremos agora a transformação digital das organizações prioritariamente pelo contexto e cultura.
Comecemos pela seguinte questão: assumindo fazer todo o sentido que a transformação digital nas organizações se materialize através da digitalização dos seus processos, não deverão estas organizações assegurar previamente de que de todos os recursos, condições Por: e contextos necessários para o sucesso dessa transformação estão reunidos e alinhados? Que recursos? Financeiros, Infra-estrutura e Humanos.
Foquemo-nos nos recursos humanos, nas pessoas, colocando uma nova questão: Poderemos afirmar que o sucesso da transformação digital está condicionado à prontidão estratégica dos recursos humanos da empresa? Eu creio que sim, mas assumindo que a prontidão resulta da relação entre pessoas disponíveis com as competências adequadas vs. necessidades estratégicas existentes, não será o conceito tradicional de prontidão estratégica um pouco redutor? Reunir as pessoas certas com as competências certas será o suficiente para assegurar o sucesso da transformação digital na organização? Creio, sinceramente, que não.
No que trata às suas Pessoas, para o sucesso da transformação digital na organização, é determinante a existência de uma consciência e cultura certa, ou seja, é muito importante que as organizações tenham a consciência de que uma efectiva e competente transformação digital implica, também ela, uma transformação cultural.
Culturalmente a organização e as suas pessoas necessitam de um mindset orientado para o fazer diferente, para a transformação de práticas até então rotinadas, para a partilha e transferência de conhecimento, para um assumir de risco calculado, presente e resultante das novas formas de fazer.
Para uma eficiente transformação digital, organizações e pessoas necessitam de interiorizar e praticar uma cultura de transparência, orientação para resultados e humildade.
Transparência porque de nada serve ter as melhores e mais adequadas ferramentas digitais se os dados e informações que partilhamos com e através delas forem insuficientes, redutores ou que apenas constatarem o óbvio. Este cenário ocorre frequentemente pela dificuldade que muitas pessoas apresentam em partilhar o seu capital intangível, aquele conhecimento e experiência acumulada que no fundo as distingue, que de alguma forma as torna especiais, eventualmente imprescindíveis até, pelo menos na sua percepção. Desta forma, é habitual que as pessoas partilhem com o digital para que este as optimize na sua gestão, apenas aquelas informações básicas e mais relacionadas com a execução do que propriamente com a criação de valor. Culturalmente a organização necessitará de sensibilizar e assegurar que os colaboradores interiorizam que a tecnologia e o digital não têm por objectivo torná-los substituíveis, muito pelo contrário, pretende potenciar o individual e o colectivo.
Orientação para resultados começando pela própria definição dos objectivos estratégicos do negócio e respectivas metas de performance dos processos, que deverão ter por base uma formulação estratégica prévia e cirurgicamente construída, pensando desde logo nos valores e comportamentos adequados para um eficaz suporte à transformação digital. Assegurado este alinhamento, é importante fazer um assessment à prontidão emocional das equipas, procurando aferir níveis de motivação, colaboração, estilos de liderança e orientação para resultados, trabalhando o output deste assessment através da construção de uma conjunto de planos de acção com carácter estratégico e tático, assim como um conjunto de planos de desenvolvimento individual cujo sucesso assegurem a desejada e necessária prontidão emocional assente na clareza e coerência estratégica do alinhamento do individual com o colectivo na orientação para os resultados pelo digital.
Humildade individual e colectiva porque organizações diferentes, formadas e constituídas por pessoas diferentes, apresentam graus de maturidade organizacional também eles diferentes.
Exploremos um exemplo de como a humildade e realismo organizacional pode e deverá transformar uma fraqueza numa oportunidade e posteriormente numa força competitiva.
No decorrer das suas estratégias de transformação digital, várias organizações clientes e parceiras da Siteware implementam a solução e tecnologia Stratw’s One para com e através dela promoverem a digitalização e optimização do Planeamento Estratégico do seu Negócio e da Gestão da Performance dos seus Processos.
Qual o desafio e de que forma a fraqueza se pode transformar em oportunidade e posteriormente numa força competitiva?
Desafio: Algumas empresas reconhecerem que, independentemente da sua dimensão, percurso e/ou complexidade, nem sempre têm uma adequada maturidade de gestão estratégica e da performance, ou seja, nem sempre possuem um modelo harmonizado e sistematizado de gestão, assim como, diferentes colaboradores apresentam muitas vezes diferentes níveis de conhecimento e domínio de ferramentas de análise, gestão e apoio à decisão.
Fraqueza: Seja qual for a tecnologia, o seu potencial de criação de valor na e pela organização estará sempre condicionado pela maturidade de gestão da organização, pois se a organização como um todo não estiver confortável com conceitos, ferramentas e boas práticas de gestão, talvez os processos agora mais digitais lhes permitam fazer mais rápido e eficaz, mas não necessariamente com mais valor e eficiência.
Oportunidade: Algumas tecnologias, enquanto ferramentas e veículos para o digital como o Stratw’s One, são soluções que são, por si só, facilitadoras e potenciadoras de maturidade da gestão nas empresas ao sistematizarem e harmonizarem boas práticas de gestão vertical e transversalmente por toda a organização. Empresas com menor maturidade de gestão quando iniciam a sua transformação digital através da implementação do Stratw’s One, utilizam-no prioritariamente como plataforma para comunicação e clarificação da estratégia, dos seus objectivos e projectos estratégicos, planos de acção e desempenhos individuais, potenciando a consciência estratégica, o alinhamento e a compreensão do contributo individual de cada colaborador no todo da organização.
Também através do Stratw’s One as organizações reúnem num único local os indicadores estratégicos, tácticos e operacionais extraindo as informações a partir de outros sistemas ou ERP’s implementados na empresa. Envolvem todos os colaboradores em torno da melhoria dos resultados, independentemente do modelo de gestão utilizado pela organização (BSC, GPD, MBO, etc.).
Com o Stratw’s One as empresas conduzem a análise e solução de problemas, assegurando que a sua organização implementa a melhoria contínua da estratégia e dos processos por meio de metodologias e ferramentas universais tais como: PDCA, FCA, Ver&Agir, DMAIC, entre outras. Aplicam também ferramentas como Brainstorming, Análise de Pareto, Cinco Porquês, Diagrama de Ishikawa, entre outras, que contribuem para o gerar de uma grande base de conhecimento na empresa.
Oportunidade porquê? Podemos imaginar o construtivo impacto de uma solução como o Stratw’s One no desenvolvimento dos níveis de maturidade de gestão de uma organização onde através dos seus recursos de Inteligência Artificial e Machine Learning, centraliza toda a informação crítica e estratégica, assegura que todas as direcções e departamentos planeiam, colaboram, partilham e melhoram continuamente, dos projectos mais estratégicos às tarefas mais operacionais e individuais, sempre através dos mesmos fluxos, metodologias e ferramentas de gestão ao serviço de uma rotina de acompanhamento da performance totalmente disseminada por toda organização.
Força Competitiva: Com uma eficiente transformação digital, uma organização utilizará o digital para moldar o seu modelo de negócio, para executar a sua estratégia e não apenas para a suportar. Investimentos focados no talento, métodos e ferramentas digitais aceleradoras da inovação farão da organização uma força competitiva no mercado e um veículo para a sustentabilidade.
Não existe verdadeira transformação digital sem transformação cultural. Este facto não é uma condicionante, é uma realidade e uma oportunidade.
Esta entrevista faz parte do Caderno Especial “Transformação Digital” na edição de Julho (n.º 127) da Human Resources nas bancas.
Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.