Cinco tendências de Recursos Humanos para 2022 (e a que todos os gestores devem estar atentos)
Apesar de muitos acharem que sim, os profissionais de Recursos Humanos não têm uma bola de cristal que os ajude a prever o futuro.
A verdade é que estes especialistas são constantemente solicitados relativamente às tendências da área, pois todos acreditamos que são detentores de uma sensibilidade extra para este tema.
A eles, tal como a todos nós, a pandemia covid-19 veio “trocar as voltas” e aquilo que todos tínhamos por adquirido no universo e nas relações laborais mudou. Com o regresso, lento, é um facto, a este novo normal, convém que os profissionais de Recursos Humanos estejam atentos ao que se passa em redor de modo a perceberem as tendências que vão impactar a área.
- Transformação de Recursos Humanos – os profissionais estão cansados de salários baixos, da falta de cuidados de saúde e de um certo mal-estar relativamente a muitas das tarefas que executam. Hoje, as pessoas procuram um melhor ajuste e uma maior harmonia entre a sua vida profissional e pessoal. Assim, perante esta transformação nos Recursos Humanos, o profissional da área vai ter de determinar as melhores maneiras de recrutar e de reter os melhores talentos, tendo em atenção que as estratégias e politicas agora adoptadas não podem ser, de todo, tão básicas quando o eram antes.
- Semana de trabalho de quatro dias – devido à pandemia e ao teletrabalho, os profissionais aprenderam a ser ultraprodutivos em casa, usando o tempo extra que o trabalho remoto oferece (sem deslocações) para desfrutar da família, aprofundar os seus hobbies e ter um pouco de tempo. Agora que o regresso ao escritórios se afigura no horizonte, os profissionais não vão querer perder isso, pedindo uma mais flexibilidade nos horários. Daqui surgiu a discussão sobre a semana de trabalho de quatro dias, tema abordado por António Costa e que consta do programa eleitoral do PS. Será esta uma forma de, no futuro, conseguir atrair e reter os melhores talentos?
- Saúde mental e bem-estar – a pandemia veio revelar que estes são dois temas extremamente importantes e que importa debater. A verdade é que ninguém é imune ao stress e isso foi algo bem marcado durante os dois últimos anos. Agora, as organizações reconhecem a importância de dar aos colaboradores as ferramentas certas para estes lidarem com o stress, ao mesmo tempo que percebem que é essencial tratar as doenças mentais de maneira a prevenir o Síndrome de Burnout. As empresas e as organizações vão ter de ser mais criativas relativamente a estes aspectos, os quais se vão tornar numa parte importante das responsabilidades do departamento de Recursos Humanos.
- Diversidade, equidade e inclusão – se a diversidade já estava na estratégia dos líderes de Recursos Humanos há algum tempo, com a pandemia elas ganharam prioridade, pelo que este será, claramente, um tema na vanguarda das estratégias de recrutamento e retenção.
- Diferenças geracionais – hoje estão presentes no mercado de trabalho, e pela primeira vez em simultâneo, quatro gerações – babyboomers, geração X, millennials e geração Z. Como tal, é mais do que normal que as diferenças entre todos surjam, cabendo aqui aos Recursos Humanos amenizá-las com vista a conseguir a união entre todos, a bem do sucesso da empresa.