Objectivo: Aumentar o número de mulheres na liderança das empresas

Quero contribuir para aumentar o número de mulheres na liderança das empresas, quero deixar este contributo à sociedade.

Por Maria João Antunes, consultora RH, coach e mentora em Liderança Feminina

 

Em 2022 as mulheres precisam de fazer a diferença nas empresas! Precisamos de mais mulheres no topo da liderança! Estamos em pleno século XXI e ainda se vive por todo o mundo uma forte discriminação de género.

De acordo com os dados do Fórum Económico Mundial (FEM) de 2021, a Europa Ocidental, ainda assim, continua a ser a região do globo com melhor desempenho neste tema. No entanto, de acordo com as previsões, que já contemplam efeitos da pandemia, levará cerca de 52 anos a fechar-se esta “fenda” na paridade de género.

Em 156 países observados pelo FEM, Portugal ocupa o 22º lugar. Por curiosidade, o melhor país em igualdade de género é a Islândia.

No último estudo da Mckinsey, sobre este tema, apenas 7% das mulheres portuguesas ocupam os lugares de CEO, direcção-geral ou de presidente, conforme a empresa se encontra organizada. Isto é, 93% das empresas portuguesas são comandadas por homens. É, no entanto, interessante verificar-se, no mesmo estudo, que existe uma correlação entre o facto de as mulheres terem iniciado a subida a lugares de topo e o crescimento do PIB português em 8%.

Vários estudos vêm comprovando que onde a diversidade de género é uma estratégia para lugares de liderança, as empresas alcançam excelentes resultados.

Mas a verdade é que, embora estes estudos provem o enorme potencial das mulheres para alcançar estas posições, são elas que maiores obstáculos enfrentam no seu percurso pela liderança. Diria até que passam por um verdadeiro desafio para lá chegar.
Curiosamente, há mais mulheres do que homens a saírem formadas das faculdades portuguesas, mas esta diferença não se reflecte nos lugares de topo das empresas. Ou seja, não é uma questão de qualificação que as impede de chegarem ao topo!

Todo este cenário levou-me a querer ajudar as mulheres neste caminho, a dotá-las das competências ideais para chegarem a posições de topo. Não sou feminista, mas custa-me aceitar a discriminação no mundo de trabalho. Então, nesta fase da minha vida profissional em que deixei o trabalho por conta de outrem e passei a trabalhar por conta própria, quero deixar o meu legado, transferir tudo aquilo que aprendi ao longo da minha carreira profissional de mais de 35 anos.

Consegui chegar à administradora de uma multinacional, tive cargos de directora-geral de Recursos Humanos, trabalhei em grupos portugueses e estrangeiros, com as mais diversas culturas e fases nas organizações, desde startups a reestruturações.

Formei-me em executive coach e em liderança feminina. Agora, com esta experiência, o meu foco é contribuir para empoderar as mulheres que pretendem fazer este percurso. Até porque, ajudar no desenvolvimento das pessoas é mesmo uma paixão; uma paixão pelas pessoas que me persegue há décadas.

As mulheres têm várias competências distintivas que lhes permitem obter excelentes resultados, mas por vezes também precisam de um empurrão, de uma ajuda, para rapidamente atingirem o topo. É normal pedir-se ajuda – eu também pedi, e muitos CEO homens também o fazem – não há que ter receios, até porque, muitas vezes, os lugares de topo são mais solidários.

Aguardemos, com esperança, os números que o Fórum Económico Mundial 2022 nos irá revelar. Mas com a certeza de que é urgente contrariar os presentes dados.

Nota: o programa “Mulheres ao Topo da Liderança” tem a duração de 16 semanas e abrange inúmeros temas desde o ganhar autoconfiança, competências chave, postura, saber estar numa reunião, passando pelo cuidado pessoal, entre outos temas. É online e adaptável às necessidades individuais.

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