O génio, o talento e a indiferença das empresas!
Opinião de Ricardo Florêncio
Director da Revista HR Portugal
Editorial publicado na edição de Janeiro 2011 da revista HR Portugal
O tema que escolhemos está directamente relacionado com um problema que se vive hoje na larga maioria das empresas, mas é sempre abordado em surdina, e raramente de um modo franco e aberto.
Vivem-se tempos em que as pessoas têm medo de falhar. A penalização pela falha é muito alta. Não são incentivadas as experiências novas, quebrar o usual, a “experimentação”.
Por que temos dificuldade de definir, encontrar, deixar exprimir e reter o talento nas nossas empresas, quando sabemos que ele existe?
Que tipo de medo nos impede nas tomadas de decisão?
A imprevisibilidade, o caos, o preconceito do erro, a noss imagem, a falsa ideia de carreira, a ausência de verdadeiro poder?
Por que temos dificuldade de delegar, fazer crescer e dar autonomia às pessoas mais talentosas?
Por que é que o talento português se exprime nas empresas multinacionais e noutros países e entre nós tem tanta dificuldade?
O “não fazer” sobrepõe-se claramente ao falhar. E isso é sem dúvida e definitivamente um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do talento e genialidade nas empresas.
A questão que muitas empresas levantam é no quadro e conjuntura actual, como incentivar, tratar e reter a genialidade nas empresas, como factor distintivo e crítico de sucesso nas organizações.
Iremos assimter um conjunto de profissionais, presidentes, CEO e directores que irão apresentar e analisar estas temáticas e suas correlações, em dois painéis de debate.
Por fim, abordaremos a questão da liderança. Não de um modo teórico, mas sim através de uma intervenção de quem, por mérito próprio, muito trabalho e grande notoriedade, fez como Júlio César: viu e venceu.