Fidelidade: A protecção das pessoas como são

Nos últimos anos, o tema da diversidade, equidade, inclusão e sentido de pertença tem sido um assunto recorrente na sociedade e inúmeras empresas têm vindo a anunciar publicamente várias iniciativas de forma a responder a esta questão.

O Grupo Fidelidade, «temos como missão a protecção das pessoas, dos seus bens e dos seus negócios. Somos um Grupo onde não só aceitamos e valorizamos a individualidade, como potenciamos a inclusão de cada pessoa», afirma Maria Sousa, responsável pelo projecto DEIP na Direcção de Pessoas e Organização do Grupo Fidelidade.

Neste sentido, o primeiro passo da Fidelidade foi dado em 2018, ao assinar o Compromisso ICF (Inclusive Economic Forum). Logo no ano seguinte, foi criada uma primeira equipa multidisciplinar que se concentrou em identificar os principais desafios neste âmbito. No final de 2021, a empresa realizou o primeiro diagnóstico relacionado com a diversidade e inclusão, alargado a todo o Grupo Fidelidade em Portugal, que visava ter «uma visão mais clara das percepções das nossas pessoas sobre o tema e uma imagem sobre o perfil detalhado da nossa população», explica Maria Sousa.

Isto permitiu que fosse apresentada uma proposta para um Compromisso do Grupo. Desde então, foi construída uma estratégia em que a seguradora define as suas prioridades de acção, bem como acções concretas de consciencialização, formações em recrutamento inclusivo e sessões de unconscious bias, entre outros.

Com a evolução do tema e da sua importância, a Fidelidade quis transformar o seu Compromisso numa Política de Diversidade, Equidade, Inclusão e Sentido de Pertença e desenvolveu um programa específico que tem como objectivo definir as acções e medidas que ajudarão a concretizar esta transformação.

Maria Sousa revela que a empresa está a trabalhar para «estruturar as nossas acções de forma cada vez mais sólida. Temos realizado diversas iniciativas, como trabalhar a Comunicação Inclusiva e explicar a sua importância nos nossos canais oficiais de comunicação interna. Promovemos acções de sensibilização direccionadas a todas as nossas pessoas, em formato híbrido, de forma que todas tenham oportunidade de participar, inclusive aquelas que estão mais dispersas, como nas agências». Nestas iniciativas, a Fidelidade chama especialistas em diversidade para falar sobre temas como unconscious bias e integração de pessoas com deficiência. O intuito é estruturar cada vez melhor as acções, de forma a servirem de exemplo para as diversas geografias onde a Fidelidade está presente, tendo em conta a realidade e cultura de cada país. Já foram dados os primeiros passos e implementadas as primeiras iniciativas no Chile e em Espanha, sendo que a ambição da seguradora é expandir para as demais operações.

 

Programas e iniciativas
No último ano, a Fidelidade teve como grande objectivo a promoção de uma maior consciencialização sobre os temas de Diversidade e Inclusão, através de workshops, webinars, mesas redondas, artigos, entre outros. Assim, realizaram-se várias iniciativas, como formações à equipa de recrutamento e business coach em recrutamento inclusivo ou até a sensibilização das equipas de comunicação para o tema da comunicação inclusiva. Adicionalmente, a Fidelidade tem um módulo de DEIP na Jornada da Liderança, que é um programa interno onde é dada formação às futuras lideranças do Grupo.

De acordo com Maria Sousa, «há um genuíno interesse das nossas pessoas pelo tema e isso reflecte-se nas participações, satisfação e nível de recomendação que temos em iniciativas como webinars, mesas redondas, workshops e até em conversas mais informais onde este tema é frequentemente debatido. Estamos também a impactar as nossas lideranças de uma forma cada vez mais profunda sobre este tema e promovemos acções de sensibilização e desenvolvimento, em que estiveram presentes a grande maioria dos Executives do Grupo em Portugal».

A responsável acrescenta que «sentimos, cada vez mais, que estamos a contribuir para continuar a transformação/ evolução do Grupo Fidelidade e a sua cultura para aquilo que ambicionamos ser, um espaço onde a organização possa crescer globalmente, as pessoas brilhem e sintam que pertencem, os clientes se surpreendam e o negócio se supere».

O Grupo Fidelidade está consciente da importância do tema da Diversidade, Equidade, Inclusão e Sentido de Pertença, e do quanto este pode impactar as suas pessoas e influenciá-las, tanto em termos de atracção de talento, como ao nível do compromisso das pessoas.

Maria Sousa explica que «estes temas têm uma relação directa com o nosso propósito “Para que a vida não pare”, com a responsabilidade que temos para com a sociedade e, sobretudo, para com as pessoas, colocando-as sempre em primeiro lugar. Sabemos que a seriedade com que estes temas são tratados é um factor de escolha e/ou decisão na aceitação de uma proposta de emprego e, tendo em conta o cenário actual de “luta” pelo talento, priorizar este tema é imprescindível e queremos fazê-lo de forma estruturada e duradoura».

De acordo com a responsável, a Fidelidade gostaria de «viver numa sociedade em que as pessoas sejam olhadas apenas como pessoas e não de acordo com os “rótulos” que estão predefinidos face ao local de origem, religião, orientação sexual, cor da pele, sexo, entre outros. Sabemos que temos ainda um longo caminho pela frente. Além de garantir que damos os passos certos, temos de assegurar que o propósito com que o fazemos também é solido.»

Assim, o objectivo principal da Fidelidade, para o futuro próximo, é desenvolver a Política de Diversidade, Equidade, Inclusão e Sentido de Pertença, concentrando- se, em particular, nas três áreas prioritárias: o género, a deficiência e o contexto social e origens. Para isso, a empresa quer investir em mais sessões de awareness, sessões de discussão e formações, de modo a chegar ao maior número possível de pessoas.

 

O impacto no negócio
A Fidelidade acredita na importância de ter pessoas diversas para responder da forma mais adequada e ajustada às necessidades dos/das clientes. Assim, Maria Sousa afirma que «pretendemos que o Grupo Fidelidade seja constituído por pessoas que incorporem na organização diferentes perspectivas de análise de problemas e de criação de soluções, a partir das suas experiências profissionais, pessoais, sociais e culturais e que acreditem nos valores de uma sociedade justa e igualitária. Queremos fomentar uma organização diversa, mas coesa, onde cada pessoa sente que pertence e que acrescenta valor no seu dia-a-dia, respondendo de forma inovadora, empática e transparente aos nossos stakeholders, o que a terá impacto no negócio através das diferentes lentes pelas quais serão vistas e analisadas».

Para a responsável, este compromisso permitirá ao Grupo Fidelidade reforçar a sua missão de apoiar e contribuir para o desenvolvimento e a construção de uma sociedade mais sustentável, «comprometendo-nos a acompanhar, cuidar, educar e, sobretudo, proteger as nossas pessoas. Isto obriga-nos, sem dúvida, a um desenvolvimento cada vez mais célere, mas estruturado, para oferecer novas e melhores soluções aos/às nossos/ as clientes, quer ao nível do produto, quer ao nível do serviço prestado».

A Fidelidade está em vários continentes e trabalha com várias nacionalidades. O Grupo está a estruturar-se nesse plano e a sua internacionalização acaba por ser uma das maiores oportunidades para ser uma organização diversa, onde todos/as estão integrados/as. Maria Sousa conclui que «esta oportunidade é um acelerador para Portugal no âmbito da diversidade/inclusão/igualdade, quer para o Grupo e para a sua sustentabilidade, quer para as nossas pessoas e o seu sentido de pertença. Portugal atravessa alguns desafios e ainda temos um longo caminho a percorrer. Cabe a cada um/uma de nós, bem como às empresas, fomentar este espírito de globalização, que assegure os principais princípios de diversidade, equidade e inclusão. O Grupo Fidelidade será, sem dúvida, parte desta ambição».

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Igualdade, diversidade e inclusão” na edição de Julho (n.º 151) da Human Resources, nas bancas.

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