Nove tendências que vão marcar a Gestão de Pessoas no próximo ano (e que não pode mesmo ignorar, para não perder talento)

O estudo “Tendências de Recursos Humanos 2023-2024” da Randstad identificou as tendências que irão marcar o sector da Gestão de Pessoas no próximo ano.

 

São elas:

1- Escassez de talento: A maioria das empresas entrevistadas (60%) considera que, no seu local de trabalho, existe uma notável escassez de talento, isto é, uma dificuldade em encontrar profissionais com as competências adequadas, apontando este factor como responsável para a criação de um impacto negativo sobre variáveis estratégicas como a competitividade, a produtividade e a capacidade de satisfazer as necessidades dos clientes.

 

2- Competências mais procuradas: A orientação para os resultados e a capacidade de adaptação revelam-se as competências mais exigidas pelas empresas, com valores de 43,8% e 43,1%, respectivamente. Estas são também as competências que os profissionais consideram ser as mais procuradas. Os conceitos de reskilling e upskilling tornaram-se estratégias essenciais para abordar a escassez de talento.

 

3- Inteligência Artificial: A transformação digital e a inovação tecnológica são os factores que mais irão marcar o futuro do mercado de trabalho, segundo as respostas das empresas. A Inteligência Artificial surge como um desafio, mas também uma oportunidade para as empresas e profissionais, visto que transformará tarefas e processos.

 

4- Salário emocional: O salário emocional é uma parte da remuneração relacionada com benefícios psicológicos e emocionais. Cada profissional atribui um valor subjectivo ao salário emocional, com base nas suas próprias referências, necessidades e contexto pessoal. A análise refere que a conclusão é que priorizar o salário emocional e o reconhecimento das diferenças na sua valorização é fulcral num contexto como o actual. Este estudo analisou ainda o valor médio monetário das várias componentes do salário emocional.

Concluiu que o benefício com maior valor médio subjectivo atribuído por todas as gerações de profissionais foi ter quatro dias de trabalho por semana (167 euros), seguido da sexta-feira à tarde livre (151 euros), do horário flexível (149 euros) e do teletrabalho (139 euros).

 

5- Medidas de flexibilidade: A flexibilidade no trabalho mostra-se um factor altamente valorizado pelos profissionais e é um dos benefícios do salário emocional mais procurados. Da mesma forma, as medidas actualmente aplicadas nas empresas ainda não são suficientes para atrair e reter o talento, pois 55% dos profissionais pensam que as medidas aplicadas na sua empresa não são eficazes, ao contrário das empresas, já que 61% consideram que sim.

 

6- Modelo de trabalho: O teletrabalho é, segundo o estudo, uma das medidas de flexibilidade mais importantes e nos últimos anos transformou-se numa tendência significativa em Portugal. No entanto, 47,4% dos profissionais entrevistados ainda trabalham em empresas que adoptam um modelo 100% presencial. Face a estes dados, 44,3% dos profissionais consideram que o ideal seria ter um modelo híbrido e 30% um modelo totalmente flexível.

 

7- Diferenças geracionais: Actualmente, convivem quatro gerações no mercado de trabalho. Isso cria um ambiente de diversidade, encontrando perspectivas únicas e gerando oportunidades e desafios. Os baby boomers dão um menor valor subjectivo a todos os benefícios que fazem parte do salário emocional. Pelo contrário, millennials e geração Z, gerações mais jovens, dão maior valor à flexibilidade no trabalho.

 

8- Employee Value Proposition: Um dos factores mais relevantes na estratégia de atracção e retenção do talento é a employee value proposition que deve adaptar-se às circunstâncias dos colaboradores, principalmente num mercado de trabalho altamente competitivo. Os cinco benefícios mais valorizados pelos profissionais são as oportunidades de crescimento, a flexibilidade no trabalho, os aumentos salariais, um bom ambiente de trabalho e o seguro de saúde.

 

9- Retenção de talento: Num mercado competitivo, as empresas que possuem equipas estáveis têm uma vantagem estratégica significativa. A falta de talento pode ter como consequência a perda de oportunidades de crescimento, inovação e produtividade. A elaboração de estratégias eficazes para atrair, reter e desenvolver talentos é fundamental para garantir a competitividade das empresas.

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