Estratégias para como combater a escassez de talento no mercado de trabalho (para além do óbvio)

O estudo “The Work We Want”, realizado a mais de 700 executivos seniores de empresas da Forbes 2000 pela Confederação Mundial do Emprego, mostra de que forma as organizações têm procurado expandir as suas redes de talentos para combater a escassez de mão-de-obra.

 

A demografia do local de trabalho está a mudar. As principais economias enfrentam uma onda de reformas, que, nas sociedades cada vez mais envelhecidas, está a contribuir para uma escassez global de talentos e a deixar os empregadores com dificuldades em repor a mão-de-obra em falta.

Para 52% dos inquiridos, a abordagem mais comum consiste em identificar e apoiar talentos provenientes de sectores com baixa taxa de empregabilidade, como desempregados de longa duração, pessoas com deficiência, pessoas com antecedentes criminais ou de minorias étnicas.

Outras estratégias incluem tornar o processo de candidatura ao emprego mais acessível (47%), oferecer apoio especializado a refugiados e pessoas à procura de asilo (36%), utilizar novas plataformas de recrutamento para aceder a talentos inexplorados (33%) e reduzir os requisitos de educação formal aquando da contratação (32%).

«À medida que os empregadores se debatem com uma grande escassez de mão-de-obra e de competências, torna-se fundamental que utilizem todos os meios ao seu alcance para tentar colmatar esta lacuna», afirma Denis Pennel, Managing director da Confederação Mundial do Emprego.

Uma das principais observações do estudo revela que, para atrair e reter grupos de trabalhadores com baixa taxa de emprego e trabalhadores de outros países, as empresas terão de oferecer regimes de trabalho mais flexíveis e diversos.

Os inquiridos afirmam que, desde a pandemia, os trabalhadores têm valorizado cada vez mais a flexibilidade (em termos de quando e onde trabalham) e a remuneração. Estes dados dizem respeito a trabalhadores de todas as idades, mas os jovens mostram-se particularmente interessados em garantir a flexibilidade na sua vida profissional.

Um inquérito realizado pelo LinkedIn, em 2022, revelou que os trabalhadores da Geração Z são o grupo com maior probabilidade de abandonar um emprego por sentirem falta de flexibilidade (72% enquadram-se nesta categoria, em comparação com 69% dos Millennials, 53% da Geração X e 59% dos Boomers).

A McKinsey, por outro lado, revelou que o desejo de flexibilidade é também parte da razão pela qual os jovens entre os 18 e os 24 anos mudam mais vezes de emprego quando comparados com outros grupos etários: 25% fazem-no, em comparação com 16% em todos os outros grupos etários.

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