Bel: Pioneiros de um novo amanhã

A Bel celebra 20 anos em Portugal. Uma comunidade de colaboradores comprometidos com o propósito da empresa: entregar alimentos mais saudáveis e responsáveis, para todos.

Isto traduz-se numa estratégia de negócio sustentável – em termos financeiros e de impacto social e ambiental – que é compreendida por todos. E é visível nas decisões do dia-a-dia. E depois declinada nas várias áreas funcionais, com compromissos e planos concretos partilhados com todos: embalagem (reduções, novos materiais), boas práticas dos nossos produtores (produção biológica, agricultura regenerativa, boas práticas de bem-estar animal), projectos de redução de emissões nas fábricas, acções com as comunidades locais, envolvimento dos colaboradores, entre muitos outros.

Sabemos que nem tudo é perfeito, que se cometem erros que é preciso corrigir. Mas se a direcção for clara e inspiradora, a mobilização acontece e ganha energia própria, amplificando os resultados.

O MOTE

Foi co-construído. Perguntámos a grupos de colaboradores o que era a herança da Bel, o seu ADN e a visão do futuro. E a inovação, nas suas várias vertentes – não apenas produto –, apareceu sempre nos três.

O mote gerou uma onda de entusiasmo que se tem traduzido de múltiplas formas na nossa comunidade ao longo deste ano.

OS INGREDIENTES

A nossa estratégia de Pessoas tem duas dimensões: a saúde da organização – que está ligada às necessidades da empresa em termos de competências e comportamento, processos e formas de trabalhar; e a proposta de valor para os colaboradores – ligada ao bem-estar, desenvolvimento e carreira, sentido de propósito e pertença.

Gostava de me focar na proposta de valor para os colaboradores, que é um factor de competitividade incontornável.

A Bel teve o privilégio de ter uma directora-geral verdadeiramente inspiradora, que nos levou por esta via quando ainda poucos o faziam. Os temas da conciliação e da igualdade de oportunidades, que se traduziu na certificação como empresa familiarmente responsável em 2015.

O tema do combate à vulnerabilidade, em particular dos operadores das fábricas, não só em termos económicos, mas sobretudo no acesso à informação e suporte em momentos críticos da vida, que nos levou a uma parceria com a Cruz Vermelha e mais tarde a um programa de apoio ao colaborador – Bel + Feliz (em que cada um, ou família directa, tem acesso a seis consultas gratuitas por ano de apoio psicológico, jurídico, fiscal e psicossocial).

Do compromisso com uma trajectória de sustentabilidade nasce o programa “Actors for Good” e a ambição de que todos os nossos colaboradores sejam activistas pelo bem das pessoas e do planeta. Isto traduz- -se na capacitação das pessoas, a todos os níveis da organização, para poderem tomar decisões informadas e mais sustentáveis, na sua vida pessoal e profissional. E que levem isso para os seus ciclos de influência. Por exemplo, damos formação sobre as alterações climáticas para toda a nossa população e organizamos regularmente sessões temáticas sobre embalagem, energia, com parceiros que partilham os seus projectos, etc. Traduz-se ainda numa política de voluntariado que incentiva todos a dar o seu tempo para contribuir; no ano passado tivemos mais de 1200h de voluntariado.

PERTENCER

A Bel tem o compromisso de acolher, cuidar, e de ser um exemplo de cultura colaborativa e inclusiva, em que todos pertencem. Temos o enorme orgulho de ter uma taxa de envolvimento de colaboradores de 80%, superior à média do Grupo Bel, um dado que auscultamos anualmente e que nos permite tomar acções em vários âmbitos, como no da pertença.

Pertencer é sobre acolher e valorizar a diversidade, garantir igualdade de oportunidades e promover um ambiente inclusivo e respeitoso para todos.

E constrói-se de muitas formas, mas incontornável a promoção de uma liderança inclusiva.

Curiosidade, no sentido do entendimento do outro, e não da “invasão” da vida privada – é um ingrediente que aumenta a abertura a outras ideias e perspectivas e a aceitação da ambiguidade como parte de um mundo muito diverso. A curiosidade permite a aprendizagem contínua, aumenta a capacidade de ouvir e de não fazer julgamentos rápidos.

Um líder inclusivo deve ter coragem e humildade, para assumir as suas próprias limitações e erros, mas também para desafiar os outros quando têm comportamentos pouco inclusivos. Assegurar-se que os outros se sentem confortáveis em contribuir de forma independente, que todos têm uma voz.

Em muitas situações não há uma má intenção em quem pratica algumas acções pouco inclusivas – há apenas pouca atenção ao impacto que se tem nos outros. A empatia é a palavra-chave. Qualquer um de nós deve ter a coragem de intervir, principalmente os líderes enquanto agentes da mudança.

Uma cultura inclusiva é um compromisso de toda a organização. A gestão de topo e todos os líderes têm de o incluir nas suas prioridades e liderar pelo exemplo – pioneiros de um novo amanhã.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Igualdade, Diversidade e Inclusão” publicado na edição de Julho (n.º 163) da Human Resources.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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