Educação tem sido o principal alvo de ciberataques este ano. Portugal está nos cinco países mais afectados

Segundo o último relatório da Check Point Research, o braço de Threat Intelligence da Check Point® Software Technologies, fornecedor de plataformas de segurança cibernética alimentadas por IA e entregues na cloud, o sector da Educação tem sido a indústria mais visada para ciberataques até agora em 2024. Os dados também mostram uma disparidade ao comparar sectores e diferenças regionais.

 

Desde o início do ano até ao final de Julho, o sector da Educação/Investigação tem sido o sector mais visado a nível mundial, com uma média de 3086 ataques por organização, por semana. Este número representa um aumento de 37% em comparação com o ano anterior, ao contrário do segundo sector mais visado, Administração Pública/Defesa.

A região Ásia-Pacífico foi a que registou mais ciberataques contra organizações do sector da Educação/Investigação desde o início do ano, com 6002 ataques semanais por organização. No entanto, a América do Norte registou o maior aumento anual, com um aumento de 127%.

A Índia é o país mais visado no sector da Educação/Investigação, com 6874 ataques semanais por organização, o que representa um aumento de 97% em relação ao ano anterior.

Outras mudanças incluem Portugal (+66%) e Alemanha (+77%), que ocupam o quinto e sexto lugares, respectivamente.

A Índia parece sofrer o maior número de ataques, principalmente devido à rápida adoção da aprendizagem à distância, alimentada pelos confinamentos devido à COVID-19 e à digitalização em curso da educação, que criaram oportunidades lucrativas para os cibercriminosos que procuram roubar informações de identificação pessoal (IPI) para vender na Dark Web.

Além disso, a proliferação destas plataformas de aprendizagem online, destinadas a todos, desde crianças em idade pré-escolar a profissionais reformados, aumentou os riscos cibernéticos, uma vez que as escolas e as universidades não dão, muitas vezes, a devida importância à segurança cibernética, deixando as suas redes vulneráveis.

Os diversos grupos envolvidos nestas redes educativas, incluindo estudantes, professores, pais e profissionais da educação, expandem ainda mais a superfície de ataque, fornecendo múltiplos pontos fracos para a inserção de malware e o acesso não autorizado a dados financeiros e PII.

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