Entrevista a Eduardo Caria, Grupo Ageas Portugal: Criar “A Great Place To Grow”
A ambição de tornar o Grupo Ageas Portugal “A Great Place To Grow” é revelada pelo seu director de Pessoas e Organização, Eduardo Caria. Não esconde os desafios, mas sabem o caminho a seguir: ter o foco no desempenho e eficiência, sem esquecer a promoção de um ambiente positivo e estimulante, alicerçado numa cultura inclusiva e inovadora.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho
Foi há cerca de dois anos e meio que Eduardo Caria assumiu a liderança de Pessoas e Organização, do Grupo Ageas Portugal. Esta está a ser a sua primeira experiência neste âmbito, mas partilha que foi com «entusiasmo e determinação» que aceitou o desafio, norteado pela visão de «transformar a área num verdadeiro parceiro estratégico, funcionando como um «verdadeiro motor de crescimento e inovação» do Grupo, «preparando-o para o futuro». A preparação para o futuro é precisamente uma das ideias que reitera ao longo da conversa com a Human Resources e acredita que isso passa pela aposta nas lideranças e pela actualização e expansão das competências dos colaboradores. Isto num contexto em que «os impactos da pandemia, a escassez de talento face à procura do mercado e a mentalidade das novas gerações mudaram o paradigma do trabalho e a relação com as empresas».
Esta é a sua primeira experiência na área de Gestão de Pessoas. Como encarou o desafio de mobilidade interna e o que o fez aceitá-lo?
Considero-me extremamente privilegiado por ter tido a oportunidade de realizar várias mobilidades internas, num percurso muito atípico, e adquirir experiências ricas ao longo de seis anos, durante os quais desempenhei três funções distintas, completamente diferentes entre si, como Sistemas de Informação e responsável por uma das marcas do Grupo – a Seguro Directo.
Encarei este mais recente desafio com o mesmo entusiasmo e determinação dos anteriores, vendo-o como uma oportunidade de aplicar a minha experiência na gestão de Pessoas e Organização. Estou igualmente entusiasmado porque acredito que, no mundo actual, com mudanças frequentes, ciclos acelerados e impactos tecnológicos, é crucial sermos muito mais adaptáveis enquanto profissionais, sendo esta adaptabilidade um activo valioso.
O que acha que motivou a sua escolha para este cargo?
Acredito que a escolha para este cargo se deve precisamente a este percurso, pois possuo um conhecimento profundo da organização, aliado a uma visão holística da tecnologia, do negócio e da transformação, com um foco constante na essência das Pessoas.
O que lhe foi pedido?
Em linhas gerais, a visão é transformar a área de Pessoas e Organização num verdadeiro parceiro estratégico, que funcione como um motor de crescimento e inovação para o Grupo Ageas Portugal, preparando-o para o futuro. Pretendemos tornar a organização “A Great Place To Grow”, onde o desenvolvimento pessoal e profissional é constantemente incentivado e valorizado. Este objectivo envolve integrar uma visão holística, requerendo a implementação de estratégias que melhorem o desempenho e a eficiência, mas também que promovam um ambiente positivo e estimulante, capaz de reter e desenvolver talento; alicerçado na solidez dos nossos valores, numa cultura inclusiva e numa abordagem dinâmica à inovação.
O que foi mais desafiante para si, no início, na adaptação a uma função nova?
Cada mudança traz consigo desafios e uma curva de aprendizagem própria. No início, o principal desafio foi adaptar-me à complexidade e às nuances da área de gestão de Pessoas e Organização, especialmente numa empresa de grande dimensão como o Grupo Ageas Portugal.
A vastidão e a diversidade de temas, a compreensão da dinâmica única de cada departamento e a sua integração na estratégia global da organização foi uma tarefa complexa. No entanto, esse desafio revelou-se extremamente enriquecedor, permitindo-me desenvolver uma visão mais abrangente e profunda das operações e necessidades humanas dentro da empresa.
E, em concreto nos desafios da gestão de Pessoas, o que destaca?
Entre vários desafios difíceis de comparar, destacaria o de equilibrar as necessidades individuais dos colaboradores com os objectivos estratégicos da organização, preparando a mesma para os desafios e futuro do sector. Esse equilíbrio é crucial para alinhar as iniciativas de gestão de Pessoas com a visão e metas da empresa, garantindo um ambiente de trabalho motivador e coeso.
Além disso, lidar com a diversidade de perfis e de áreas da companhia, bem como acompanhar a rápida evolução das expectativas dos colaboradores, exige constante atenção e adaptação.
Passados dois anos e meio, como evoluíram esses desafios?
Considero que a área de Pessoas e Organização evoluiu significativamente e consolidou-se como um pilar estratégico valorizado na nossa empresa. Mencionando só alguns dos avanços, destaco a implementação de programas de desenvolvimento e bem-estar; a consolidação de novas formas e espaços de trabalho, incrementados com os novos edifícios; a continuidade do modelo híbrido de trabalho; a implementação de estratégias de Diversidade, Inclusão e Sustentabilidade; a introdução de mecanismos de eficiência e proximidade, que facilitam o acesso à informação sobre recursos humanos; e o mapeamento e desenvolvimento de competências, alinhando o desenvolvimento contínuo dos colaboradores com o sucesso organizacional.
Leia a entrevista na íntegra na edição de Agosto (nº. 164) da Human Resources, nas bancas.
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