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É um líder multiplicador ou redutor? Certifique-se de que é o primeiro (através destas sete acções)
Num processo de liderança de equipas há dois grandes caminhos a seguir: o redutor ou o multiplicador. Rita Maria Nunes, Country manager da TAB Portugal, autora do livro “Pára, Pensa e Transforma o Teu Negócio” e host do podcast “Conversas Informais Sobre Negócios”, começa por apontar as principais diferenças entre um líder redutor e um líder multiplicador.
«Os redutores, regra geral, são micro-gestores que mantêm uma mão firme sobre a forma como os membros da sua equipa executam as tarefas. Apresentam comportamentos autoritários que exigem o cumprimento rigoroso das suas ordens sem dar lugar a qualquer tipo de questão. São líderes que baixam os níveis de confiança e diminuem a autoestima dos colaboradores por serem excessivamente críticos, bem como minimizadores das contribuições dos outros, não reconhecendo talento e esforço. Em simultâneo, são peritos em construir uma espécie de dependências que criam um sistema que exige aprovação e supervisão constantes», explica a especialista.
Em contraponto, sublinha, «os multiplicadores tendem a ser peritos em identificar e maximizar talentos, reconhecendo os pontos fortes únicos dos indivíduos e aproveitando esses bens pessoais no seu potencial máximo. O seu foco está em cultivar um ambiente de confiança e respeito através do incentivo a que todos os membros da equipa expressem as suas ideias e assumam riscos. Têm como prática desafiar o status quo ao estabelecerem objetivos elevados e incutirem na sua equipa a crença de que podem alcançar o que parece muito difícil ou (quase) impossível e convidam, com frequência, as suas pessoas a um debate sério de ideias e de perspectivas entre todos. Por último, estão permanentemente atentos a oportunidades de investimento, de tempo e de ferramentas para estimular o sucesso dos colaboradores».
Rita Maria Nunes destaca que, «na maioria das vezes, os redutores não se consideram, nem se vêm a si próprios, como possuidores de comportamentos negativos, estilos de comunicação deficientes ou qualidades de liderança ineficazes». E, mais grave ainda, tendem a «racionalizar sobre a razão por que devem continuar a sua abordagem deste modo, vendo-a como necessária para manter os seus colaboradores sob controlo ou manter a conformidade ou algum outro disparate».
A pensar no caminho oposto, ou seja, no caminho do comportamento multiplicador, a especialista aponta os sete passos que quem pretende assumir uma liderança multiplicadora deve tomar:
1. Ser um ouvinte activo: fique receptivo a ter conversas individuais com os membros da sua equipa e valorize as novas ideias e perspectivas que lhe apresentam.
2. Oferecer oportunidades de crescimento: capacite ao máximo a sua equipa com programas de desenvolvimento de liderança e fomente a participação em workshops para o desenvolvimento de competências.
3. Delegar e empoderar: confie genuinamente aos seus colaboradores a possibilidade de assumirem maiores responsabilidades e de crescerem nas suas funções.
4. Dar mais feedback: reserve e dedique tempo de qualidade para partilhar a sua visão com os membros da equipa sobre o que funcionou, o que não funcionou e como atingir ou superar desafios e metas na próxima oportunidade.
5. Celebrar os sucessos: crie o hábito de assinalar as conquistas, aplaudir os esforços e recompensar as vitórias individuais e coletivas. Por mais pequenas que sejam.
6. Promover uma cultura de colaboração: incuta, com acções práticas, o sentimento de unidade e crie oportunidades regulares para projetos entre diferentes departamentos e partilha de conhecimentos entre todos.
7. Liderar pelo exemplo: nunca é demasiado recordar que tudo começa em e por si, por isso é importante definir o tom certo. Seja um modelo para a integridade da equipa, ética de trabalho, respeito, compaixão e mentalidade inovadora.